Brasil ocupa a 14ª posição no ranking de mercados de vinhos
O número de brasileiros que tomam vinho de forma regular passou de 22 milhões em 2010 para 44 milhões em 2022; Nilton Serson traça o panorama e as perspectivas para o setor
Um balanço revelou que o Brasil está entre os maiores consumidores de vinho do mundo. Segundo dados da consultoria Wine Intelligence, o país atingiu a 14ª posição no ranking de mercados de vinhos mais atraentes do mundo em 2021, após subir doze posições.
Além disso, outro estudo realizado pela mesma consultoria demonstrou que o número de brasileiros que tomam vinho de forma regular passou de 22 milhões em 2010 para 44 milhões em 2022.
Nilton Serson, que reside em Portugal e é especialista em vinhos, vê de forma positiva o atual momento do mercado de vinhos no Brasil. “Até setembro de 2021, o mercado de vinhos no Brasil estava em constante crescimento. O consumo da bebida vinha aumentando nos últimos anos, impulsionado por uma maior apreciação da cultura do vinho, o surgimento de novos apreciadores, uma crescente classe média e o aumento da disponibilidade de vinhos importados e nacionais”, articula.
Na visão do especialista, esse viés de crescimento se consolida nos dias atuais, inserindo o Brasil como um player global neste mercado.
“As expectativas para os próximos anos são positivas: podemos esperar um grande crescimento”, considera Serson. Na análise dele, o Brasil é um dos principais mercados emergentes para vinhos, com uma variedade crescente de opções, tanto de vinhos nacionais quanto importados. “O país também possui diversas regiões produtoras de vinho, como a Serra Gaúcha, que têm ganhado reconhecimento internacional por sua produção”, complementa.
De acordo com a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), a viticultura ocupa uma área de mais de 78 mil hectares, com vinhedos estabelecidos desde o extremo sul do país a regiões situadas muito próximas ao Equador.
Ainda segundo informações da Embrapa, a produção de uvas é da ordem de 1,5 milhões de toneladas por ano. Deste volume, em média, 50% é destinado ao processamento, para a elaboração de vinhos, sucos e outros derivados, e 50% comercializado como uvas de mesa.
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