Venezuelanos são transferidos de abrigo em Vitória
De acordo com reportagem da TV Vitória/Record TV, agora o grupo está acomodado em um abrigo na Região de São Pedro, na Capital
O grupo de 25 indígenas venezuelanos trazidos da Bahia e abandonados na Rodoviária de Vitória na última terça-feira (16) foram transferidos de abrigo na manhã desta quinta-feira (18). De acordo com reportagem da TV Vitória/Record TV, agora o grupo está acomodado em um abrigo na Região de São Pedro, na Capital.
Na manhã desta quinta (18), quem busca ajudar o grupo não sabia onde eles estavam abrigados. De acordo com Brunella Vincenzi, coordenadora de Direitos Humanos da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), há uma certa dificuldade em conversar com a Prefeitura Municipal de Vitória.
"De manhã a gente não sabia nada. Foi um choque. Eu cheguei, pedi para consultarem se estavam no Centro Pop. Foram vocês, da TV Vitória, que informaram para gente. Começamos a procurar para saber onde estavam. A prefeitura não está se comunicando com a gente", afirmou.
No final da manhã, o grupo foi localizado em outro abrigo na região de São Pedro. O cacique, Ruben Mata, contou à reportagem que o grupo dormiu bem e que já está se alimentando.
Quem entende do assunto, garante que não é simples oferecer ajuda ao grupo indígena. Os hábitos são muito complexos, por isso o importante nesses casos é transparência nas informações para quem quer ou pode ajudar.
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"Elas não podem ser separadas. A gente vai precisar de alimentação específica, só comem comidas não processadas, não podem comer feijão, açÚcar. Eles não têm costume de comer essas coisas, então não tem enzimas necessárias para digerir", afirmou Vincenzi.
Este é o segundo dia dos imigrantes em Vitória. Ao todo, são 12 crianças e um bebê recém-nascido. Todos foram trazidos em um ônibus da Prefeitura de Teixeira de Freitas, na Bahia, e abandonados perto da Rodoviária de Vitória.
O que diz a Prefeitura de Vitória
A Secretaria de Assistência Social de Vitória disse, por meio de nota, que o abrigo garante mais conforto, privacidade e uma rotina familiar mais tranquila. A secretaria informou, ainda, que equipes da rede socioassistencial e de Saúde acompanham o grupo e fornecem alimentação.
No ano passado, o governo do Espírito Santo sancionou uma lei que instituiu a política estadual para a população migrante. Por isso, é garantido às pessoas que veem de outros países o acesso a direitos fundamentais, sociais e aos serviços públicos.