CORONAVÍRUS

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Geral

Governo do ES ainda avalia possibilidade de retorno das aulas presenciais em setembro

Segundo Renato Casagrande, a taxa de transmissão de algumas regiões ainda está acima de 1

Rodrigo Araújo

Redação Folha Vitória
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Foto: Divulgação
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O governo do Estado ainda avalia a possibilidade de autorizar o retorno das aulas presenciais em setembro. De acordo com o governador Renato Casagrande, ainda é cedo afirmar que as atividades serão retomadas no próximo mês, mesmo com a taxa média de transmissão do novo coronavírus no estado estando abaixo de 1 — o que é considerado o ideal por especialistas.

"Nós temos muita vontade de voltar com as aulas presenciais, mas nós ainda estamos em dúvida. Temos algumas regiões do estado, como o litoral sul, o centro-oeste, região do Caparaó, em que nós temos ainda uma transmissão acima de 1", afirmou Casagrande.

"E não é só o índice de transmissão que nós estamos atentos. Num primeiro momento era só o índice de transmissão, porque ele estava acima de 2. A média do estado, como um todo, está se consolidando abaixo de 1. Isso é um dado muito importante. Mas mesmo assim, nós ainda temos uma letalidade alta. É preciso a gente avançar um pouco mais e ver se, de fato, vai consolidando a redução de mortes e a redução da transmissão para que a gente tome medidas. Nós estamos na expectativa de que em setembro a gente possa voltar, mas não é possível bater o martelo de que isso vai se consolidar efetivamente", acrescentou o governador.

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Casagrande destacou que o debate em torno da volta das aulas presenciais está sendo feito com base técnica. "Ninguém pode cantar vitória sobre um vírus letal como esse e ninguém sabe como vai ser o comportamento do vírus. Então é preciso que a gente vá dando passos de acordo com as nossas possibilidades. Vamos dando esses passos semana a semana para que a gente conviva com a pandemia. Eu quero que a gente volte às aulas em setembro, mas não é o meu querer, não é minha decisão. É a decisão de uma avaliação técnica muito responsável", destacou.

As aulas presenciais estão suspensas no Espírito Santo desde o dia 17 de março, devido ao avanço da disseminação do coronavírus. Desde então, o governo do Estado tem editado vários decretos, adiando o retorno das aulas.

Segundo Casagrande, um protocolo para o retorno das aulas já foi concluído pelo governo estadual. No entanto, ainda há algumas discussões a serem feitas com relação à educação infantil. "O protocolo está avaliando com os técnicos como tratar a educação infantil, que nível de interação pode haver nas instituições que ofertam esse tipo de serviço. Os outros níveis da atividade escolar estão definidos", ressaltou o governador, que acredita que o protocolo será apresentado nos próximos dias.

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"No meio do mês com certeza esse protocolo será divulgado, para que a gente possa debater com a sociedade e, ao mesmo tempo, para que as escolas, na hora em que puderem voltar, já estejam preparadas para receber os alunos", frisou.

Escolas particulares

As instituições de ensino particular do Espírito Santo também elaboraram um protocolo de medidas a serem adotadas quando as aulas puderem ser retomadas. O superintendente do Sindicato das Empresas Particulares de Ensino do Espírito Santo (Sinepe-ES), Geraldo Diório, explica que um protocolo foi elaborado inicialmente pela Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), no início de abril, e encaminhado para todo os estado, que adaptaram as medidas conforme sua realidade.

"Cada estado fez sua regionalização. O do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais e de outros estados, por exemplo, é diferente do Espírito Santo. Dentro desse protocolo que nós regionalizamos, tivemos a participação de especialistas de diversas áreas. Podemos dizer que ele é comparável com os melhores protocolos elaborados em termos mundiais. Estamos tendo todo cuidado para voltarmos com a máxima segurança", destacou Diório.

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O superintendente do Sinepe disse ainda que o documento foi encaminhado para todas as escolas particulares do estado, que também fizeram as devidas adequações. "Cada unidade está fazendo as adaptações conforme suas características, espaço físico. A realidade de uma escola da Praia do Canto, por exemplo, é diferente de uma que fica no interior do estado", frisou.

"O protocolo, mesmo após ser implementado, é mutável. Então, a medida que o tempo for passando, nós vamos fazendo as devidas modificações, também seguindo as recomendações da Secretaria de Estado da Saúde", completou. 



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