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Justiça aceita denúncia e engenheiros do Grand Parc viram réus por negligência e homicídio culposo

De acordo com o MPES, os envolvidos tinham consciência do risco aos moradores do local, e as negligências foram fatores determinantes no desabamento da estrutura e na morte de uma pessoa

Redação Folha Vitória
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Foto: Divulgação
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Os quatro engenheiros responsáveis pelo Condomínio Grand Parc Residencial Resort, acusados pelo Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES) por negligência e mau uso da formação técnica, agora são réus em ação que tramita na 6ª Vara Criminal de Vitória.

Segundo denúncia do MPES, a partir dos laudos periciais e análises técnicas de empresas de engenharia, houve erros de cálculo no projeto arquitetônico, já que os engenheiros não verificaram as irregularidades existentes e permitiram a construção com diversas falhas, inclusive uma estrutura subdimensionada, incapaz de suportar o peso previsto.

Dessa forma, de acordo com o MPES, os envolvidos tinham consciência do risco aos moradores do local e as negligências foram fatores determinantes no desabamento da estrutura e na morte do funcionário. Com a decisão da justiça, os engenheiros também respondem por homicídio culposo, quando não há intensão de matar. 

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Foram denunciados pelo Ministério Público Estadual (MPES) os engenheiros Alexandre Scola, Carlos Augusto Calmon Nogueira da Gama, Otamar Azeredo Rogério Filho e Sérgio Luiz Passos de Miranda. 

A decisão do juiz Marcelo Menezes Loureiro aponta que tendo em vista a presença de indícios de autoria e da materialidade, preenchidos os requisitos do art. 41 do Código de Processo Penal, e não incorrendo quaisquer das hipóteses de rejeição elencadas no artigo 395 do Código de Processo Penal, a denúncia foi ceita na forma do art. 396 do Código de Processo Penal.

Defesa

A reportagem da TV Vitória não conseguiu entrar em contato com as defesas de Alexandre Scola e Otamar Azeredo Rogério Filho. Já as defesas de Carlos Augusto Calmon Nogueira da Gama e Sérgio Luiz Passos de Miranda ficaram de dar um retorno nesta terça-feira (27). 

Desabamento

O desabamento aconteceu em julho de 2016, quando parte da área de lazer do condomínio de luxo desabou, durante a madrugada do dia 19 de julho, na Enseada do Suá, em Vitória. A tragédia teria ocorrido por volta das 4 horas. O porteiro do prédio morreu no acidente. Ele ouviu o barulho e foi checar o que estava acontecendo, quando foi atingido pela lage que desabou. Pelo menos cinco pessoas ficaram feridas, entre elas, o síndico e quatro funcionários do condomínio.


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