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Temer quer proposta para zerar emissões líquidas de gases a partir 2060

O documento será baseado em estudos e debates feitos entre a sociedade, entidades e pesquisadores

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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O presidente Michel Temer assinou um documento nesta quinta-feira, 9, para pedir que o Fórum Brasileiro de Mudança do Clima (FBMC) elabore, nos próximos quatro meses, uma proposta que possibilite zerar as emissões líquidas de gases de efeito estufa a partir de 2060. O documento será baseado em estudos e debates feitos entre a sociedade, entidades e pesquisadores.

Temer justificou o pedido dizendo que o Brasil precisa incluir uma estratégia de longo prazo na Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC), que reúne metas voluntárias estipuladas por cada País no contexto do Acordo de Paris. Temer destacou que outros países já apresentam propostas neste sentido.

A assinatura de Temer aconteceu em uma reunião aberta à imprensa no Palácio do Planalto, na qual também foram empossados 29 membros do Comitê do FBMC. O grupo foi criado em 2000 para discutir ações para enfrentar os impactos da mudança do clima.

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No evento, o presidente disse que o tema do Meio Ambiente ganhou força nos últimos anos e que antigamente "era uma coisa meio ridícula falar de meio ambiente", mas que isso mudou e gostaria de comemorar.

Ele citou a filha Maristela, investigada por suspeita de lavagem de dinheiro, como "ambientalista militante". "Minha filha Maristela me manda recados e e-mails quase diariamente sobre um ou outro tema, de modo que não só eu tenho esse prazer de participar desse evento que a sociedade civil se incorpora, como familiarmente tenho essa satisfação."

Na cerimônia, o ministro do Meio Ambiente, Edson Duarte, destacou que o Brasil reduziu emissões de carbono suficientes para antecipar o cumprimento de sua meta internacional voluntária para 2020 em relação à Amazônia e ao Cerrado. Dados da pasta indicam que entre 2016 e 2017, o País reduziu cerca de 2,6 bilhões de toneladas de CO2 com ações que incluem o combate ao desmatamento nos dois biomas, a gestão de áreas protegidas e o Cadastro Ambiental Rural (CAR).

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Segundo o Ministério do Meio Ambiente, a redução alcançada pelo Brasil nesses dois anos equivale à soma das emissões das cinco maiores economias europeias - Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Espanha. A comparação baseia-se nos dados oficiais que os cinco países informaram à Convenção sobre Mudança do Clima em 2016.

O compromisso brasileiro era chegar ao ano de 2020 com uma redução de 668 milhões de toneladas de CO2 somente com ações de redução do desmatamento na Amazônia e Cerrado. Antes disso, no entanto, o País já conseguir reduzir, em 2017, o total de 781 milhões de toneladas de CO2 somente nos dois biomas.

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