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Forças Armadas encerram operação na Penha, Alemão e Maré após cinco dias

Estadão Conteudo

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Depois de cinco dias de operação nos complexos da Penha, Alemão e Maré, na zona norte do Rio, as Forças Armadas deixaram as favelas nesta sexta-feira, 24, "tendo sido alcançados os objetivos estabelecidos", conforme informou o Comando Militar do Leste. Desde a segunda-feira, 20, oito pessoas morreram em confronto, sendo três militares e cinco suspeitos, e 86 foram presas. Não houve "efeito colateral sobre civil inocente", divulgou o CML.

Conforme o órgão militar, "o reajuste e a redução gradual de efetivos" foram iniciados na quinta-feira 23, e concluídos nesta sexta. As comunidades seguem agora sob patrulhamento da Polícia Militar, com a qual há "estreita colaboração". Os militares retiraram 41 barricadas que haviam sido instaladas por traficantes para impedir a entrada das forças policiais nas vias.

Dois menores foram apreendidos, 1,5 tonelada de droga foi localizada, 53 armas foram recuperadas, sendo 15 fuzis, 27 pistolas e onze granadas de mão, além de 4.742 munições e 85 carregadores de armamento. Os militares também encontraram veículos, celulares e coletes à prova de bala roubados, e cadernos de anotações do tráfico.

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As operações foram criticadas por ONGs e moradores das favelas, por conta de abusos relatados. Houve denúncias de agressões por parte dos militares, situações vexatórias, em que militares homens revistaram mulheres, de invasão de residências e de vistoria do conteúdo de mensagens privadas de telefones celulares à revelia dos usuários.

Também foi considerada abusiva a prisão indiscriminada de pessoas consideradas suspeitas. Cinco jovens foram liberados por falta de provas, graças a ação da Defensoria Pública. Por conta dos tiroteios, alunos ficaram sem aulas nas escolas e famílias se trancaram em casa.

O Observatório da Intervenção, criado pelo Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Universidade Candido Mendes (CESeC/Ucam) para acompanhar e divulgar os desdobramentos das ações das Forças Armadas, iniciadas em fevereiro, manifestou preocupação com a violência desta investida militar.

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