Após sanções, presidente do Irã confia em China e Rússia para ajudar petróleo
O presidente iraniano, Hassan Rouhani, afirmou nesta segunda-feira que o Irã pode confiar na China e na Rússia para ajudar seus setores petrolífero e bancário, já que os Estados Unidos retomaram hoje as sanções ao país persa.
"Nosso governo é poderoso e é capaz de abrir o mercado de moedas estrangeiras no mesmo dia", afirmou Rouhani. O presidente iraniano disse que não tem "pré-condições" para negociar com americanos, "se o governo dos EUA estiver pronto para negociar o pagamento de indenização [por intervenção] à nação iraniana de 1953 até agora".
Rouhani sugeriu ainda que pode fechar o Estreito de Hormuz, por onde passa um terço da produção de petróleo mundial, em resposta ao prejuízo das sanções às exportações de petróleo.
Em um comunicado da Casa Branca, os EUA afirmaram que o Irã é uma "ditadura", que "patrocina o terrorismo" e comete "agressões continuadas no Oriente Médio e em todo o mundo". O país norte-americano retomou as sanções ao setor automotivo do Irã, bem como ao ouro e outros metais importantes.
A incerteza causada pelas sanções americanas provou-se devastadora para a economia iraniana, já enfraquecida por décadas de sanções. Protestos esporádicos eclodiram em todo o país, algo pelo que Rouhani também culpou os EUA.