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Após 22 dias desaparecido, homem é encontrado vivendo em matagal em Venda Nova do Imigrante

Ele estava dormindo em uma casa abandonada e se alimentava com frutas e palmito. Bombeiros, familiares e amigos trabalharam nas buscas

Iures Wagmaker

Redação Folha Vitória
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Adriano Fazolo Monteverde, o “Pituta”, ficou perdido por 22 dias se alimentando de frutas
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Um homem foi encontrado em um matagal após ficar 22 dias desaparecido, em Venda Nova do Imigrante, região Serrana do Espírito Santo. Segundo informações de familiares, Adriano Fazolo Monteverde, o “Pituta”, 44 anos, saiu de casa no início do mês e ficou escondido em uma pequena casa em um sítio abandonado.

Quem encontrou Adriano foi o primo dele, Jober Monteverde Falqueto. De acordo com ele, ele desapareceu no início do mês e após diversas buscas realizadas, ele foi encontrado em um local onde havia um pequeno sofá, algumas ferramentas e várias árvores frutíferas ao redor. Jober ainda conta que Adriano ficou abalado com a morte da mãe, ocorrida há cerca de dois meses, o que pode ter motivado o desaparecimento.

Segundo o primo, Adriano era muito conhecido na cidade. Apesar de ser portador de uma doença mental, que causa alteração na fala, quem convive com ele consegue se comunicar com facilidade. “Ele nunca mexeu com ninguém e sempre cumprimenta todo mundo”, disse.

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Adriano costumava ficar alguns dias fora de casa, na residência de vizinhos e amigos. A princípio, essa foi a suspeita da família. No entanto, ele tocava o sino da igreja todos os domingos de manhã, o que não aconteceu no primeiro domingo após o desaparecimento. Com isso, familiares, amigos e vizinhos começaram a se mobilizar nas buscas.

Segundo informações de um dos bombeiros que participaram da busca, as últimas pistas que a Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros Militar possuíam sobre Adriano eram do dia 1º de agosto, quando ele esteve na casa de um vizinho. Assim que acionados pelos familiares, o Corpo de Bombeiros acionou a PC, solicitando que fosse tratado como um caso de desaparecimento.

Durante três dias, a partir do último local onde ele havia sido visto, os Bombeiros realizaram buscas, inclusive com cães farejadores nas proximidades. Sem encontrar novas pistas de que ele estivesse perdido ou precisando de socorro, o trabalho do Corpo de Bombeiros foi encerrado.

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Segundo o primo, a procura continuou sendo realizada por familiares e amigos. Alguns dias depois, o amigo Ernandes Sossai percebeu que, numa certa localidade, a 4 quilômetros da casa da família, havia palmitos cortados, aparentemente com ferramenta velha e sem corte. Ele informou para a família, que passou a concentrar a procura naquele local, mas Adriano se escondia toda vez que percebia a aproximação de pessoas ou veículos.

Essa era a casa onde Adriano se escondia em meio ao matagal

Foi nesta quinta-feira (23) que Jober notou algumas pegadas no meio do mato e resolveu procurar pelo primo de uma forma que não fosse notado. Silenciosamente, ele se aproximou de uma árvore e viu o primo se alimentando com algumas frutas, usando uma faca. “Ele me disse que precisava tomar um banho e me mostrou a casa onde estava se escondendo. Ele dormia em um sofá sem nada para se cobrir, estava muito frio”, lamentou.

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Após ser encontrado, Adriano foi encaminhado para o Hospital Padre Máximo, no mesmo município. Ele passou por exames e continua em observação. Segundo Jober, ele não chegou a ficar desidratado porque se alimentava de frutas e cana, além de tomar muita água.

De acordo com o primo, assim que receber alta Adriano será levado para casa de irmãos. A pretensão da família é construir um quarto para que ele tenha um espaço e se sinta mais acomodado e confortável.

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