Eco 101 alega dificuldade com licenças ambientais e crise econômica para não realizar duplicação
Contrato de concessão foi assinado em 2013. A empresa teria 25 anos para concluir a duplicação de mais de 475 quilômetros
A Eco101, concessionária responsável pela administração da BR-101 no Espírito Santo, enviou à Agência Nacional dos Transportes Terrestres um pedido de repactuação do contrato de concessão da Rodovia. A informação foi passada pela empresa por meio de nota, nesta segunda-feira (24). A Eco101 é responsável pelo trecho de mais 475 quilômetros que corta 25 municípios capixabas, desde o trevo de acesso a Mucuri no Sul da Bahia, até a divisa com o Rio de Janeiro Santo.
Pela nova proposta da empresa, a duplicação de todo o trecho capixaba, prevista pelo contrato assinado em 2013, seria substituída por uma composição entre a construção de contornos, que terão pistas duplicadas, trechos de duplicação propriamente dita e construção de terceiras faixas.
A concessionária alega que, desta forma, as obras não exigiriam liberação dos órgãos ambientais, podendo ser concluídas com mais rapidez. Ainda de acordo com a nota enviada pela empresa, os trechos de terceiras faixas, no entanto, poderão passar por duplicação, assim que o nível de serviço (indicador calculado a partir da fluidez de trânsito e tempo de viagem) exigir.
Além dos atrasos nas licenças ambientais, a Eco 101 justifica o pedido alegando a inclusão de obras não previstas e à crise econômica. De acordo com a empresa, o valor do investimento previsto não seria alterado e a prioridade de investimento seria a construção de cinco contornos nas cidades de Linhares, Fundão, Ibiraçu, Rio Novo do Sul e São Mateus.