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"Quem é contra, simplesmente por ser contra, não é aliado", diz secretário sobre Escola Viva

Haroldo Rocha

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Haroldo Rocha é secretário de Estado da Educação Foto: Divulgação/Governo
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Recheado de muitas polêmicas, o primeiro semestre da educação no Estado se encerrou e o balanço feito pelo secretário de Estado da Educação, Haroldo Rocha, foi positivo.

Determinado e apaixonado pelo tema, Haroldo enfrentou muitas críticas para colocar em funcionamento a primeira escola estadual em tempo integral, a Escola Viva. Mas aos críticos de plantão, ele pretende apresentar o resultado das ações estratégicas em nome da educação pública.

O secretário fez a avaliação tomando por base três eixos de análise: Escola Viva, Jovens de Futuro e avaliação trimestral de desempenho.

A primeira Escola Viva entrou em funcionamento no dia 27 de julho.

Confira a entrevista:

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Folha Vitória - Qual o balanço que o senhor faz desse primeiro semestre na educação do Espírito Santo?
Haroldo Rocha -
Faço uma distinção clara em termos de adminstração pública e de gestão. A Sedu não é diferente. Tem sempre uma rotina grande, que ocupa o gestor. Eu comparo um pouco os seis meses de agora, em 2015, e os seis meses que tive em 2007, quando fui secretário da outra vez. Em 2007 era tudo muito novo, não conhecia as rotinas da Sedu. Tive que buscar saber qual era a quantidade de escolas, os problemas no  transporte, os problemas da alimentação escolar, os problemas da reforma, problemas de vigilância. Era um complexo. 

FV - E como é agora?
HR -
Como já passei aqui quatro anos antes, cheguei nesse início de ano com conhecimento acumulado, conhecedor do tamanho da Secretaria de Educação, da rotina da Sedu. Isso consome tempo do gestor principal da Sedu. Mas era minha função ter que cuidar das coisas estratégicas no processo de mudança. Em 2007 tive que fazer muito esforço para entender as rotinas. Agora quando nesse retorno já tenho uma noção muito boa. Sei que muita coisa muda, mas não no nível da gestão passada. Agora venho focado na gestão estratégica. Neste semestre o secretário já vinha com a cabeça nas coisas estratégicas, as questões da rotina já estavam internalizadas.

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FV - O que é gestão estratégica na educação?
HR -
É sair do patamar de qualidade para um patamar bem superior. Foi uma decisão de governo implantar uma rede de escola com currículo diferenciado, uma escola de tempo integral. E é uma educação integral (que diz respeito ao currículo) em tempo integral (que é o tempo mesmo). Isso é uma questão estratégica para a educação. Não perdemos tempo. Decidimos isso desde a fase de transição e sentamos na cadeira, dia 2 de janeiro, para viabilizar a Escola Viva.

FV - O senhor reconhece que houve muita crítica ao programa?
HR -
O que os governos fazem, por mais relevante e técnicos que sejam, estão no ambiente político, que enfrentam várias interpretações. Às vezes a oposição faz questionamento que é meramente político.

FV - Mas houve críticas de aliados, não é mesmo?
HR -
Aliados não fazem criticas políticas. Quem é contra, simplesmente por ser contra, não é aliado. Repito. Para nós é uma questão estratégica. 

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FV - Antes de sair do papel, foi preciso aprovar lei na Assembleia?
HR -
No 1º semestre tivemos que dar um passo fundamental para educação pública do Espírito Santo. Tivemos que produzir projeto de lei, fazer tramitar o projeto e ampliar o debate. Tivemos manisfestaçãoes de todo tipo. Com a aprovação do projeto de lei, vemos que 
é um programa de estado e não deste governo. 

FV - Foi uma vitória colocar a primeira unidade da Escola Viva em funcionamento…
HR -
Fazer funcionar a primeira unidade da Escola Viva, em São Pedro, foi uma questão de estado. A Escola Viva é uma metodologia pedagógica e de gestão da escola. Elas se combinam. Uma precisa da outra. Não dá para ter um bom resultado se não tiver um bom modelo. E nem dá pra ter um bom resultado se não tiver um bom modelo de gestão, essência da Escola Viva. Esse processo só se completa quando se tem uma Escola Viva funcionando. Mas agora quem quiser saber, sanar dúvida, é só ir na escola e ver. Lá tirarão dúvida.

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FV - Qual a avaliação que o senhor faz ao ver a escola funcionando?
HR -
Para nós é uma vitória fundamental. Talvez esses resultados do primeiro semestre surpreendam as pessoas. Algumas pessoas diziam que seria lento, desorganizado e pouco eficiente. Mas nós conseguimos ser rápidos, práticos e eficientes democraticamente e com amplo diálogo.

FV - Qual a sua opinião sobre a federalização da educação?
HR -
O Senado aprovou projeto de autoria do senador Cristovam Buarque. Mas, pessoalmente acho que não tem viabilidade política, acho que não prospera, não é isso que resolve o problema. Mas é preciso analisar mais o assunto. 

FV - A Escola Viva foca na educação integral, mas como ficam os outros alunos da rede, que estudam meio período?
HR -
Caminhamos com a implementação do Jovens de Futuro, um projeto de planejamento e gestão de unidades escolares. Desenvolvemos metodologia para as 160 escolas de ensino médio (meio expediente) tradicional entre 2015 e 2016, das 290 existentes. Nossas equipes trabalham com as unidades. Cada escola terá um plano estratégico de cinco anos.

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FV - É semelhante ao Plano Plurianual do orçamento?
HR -
É parecido. Trata-se de um plano desenvolvido para atingir uma meta de melhoria da aprendizagem dos alunos, melhorar o Ideb nos próximos cinco anos. Nesse planejamento existe uma projeção. Cada ano devemos melhorar tantos por cento. Cada escola vai definir seu plano. São projetos escola a escola. Foi desenvolvido um sistema eletrônico para construir esse plano. Na sequência eles vão fazer plano de ação. É equivalente ao PPA. Depois avalia-se a meta para cada ano. O plano vai estabelecer cada ano. Tem que ser feito e monitorado. Isso é gestão. Acreditamos que vai melhorar o desempenho das escolas. Isso também faz parte do balanço. Desde 2 janeiro as escolas estão trabalhando nesse planejamento. Inicialmente são 160 escolas. As outas 140 vão fazer esse mesmo trabalho no período de 2017 e 2018, até cobrirmos toda a rede de ensino médio durante o período do governo.

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FV - Assim se encerra o balanço do semestre?
HR -
Não. A terceira coisa que apresentamos nesse balanço é em favor da aprendizagem. A partir de 2015 instituímos a prova de avaliação. Todos os 112 mil alunos da rede de escolas de ensino médio fizeram prova de avaliação do Programa de Avaliação da Educação Básica do ES  (PAEB-ES). Até o ano passado tinha apenas uma avaliação no final de ano. O aluno só era avaliado no terceiro ano. A partir desse ano instituímos o PAEB-ES TRI.

FV - Como funciona o PAEB-ES TRI?
HR -
Os alunos fazem avaliações no primeiro, segundo e terceiro trimestres. É aplicada prova nos alunos. A correção é feita rapidamente para que professores saibam como estão os alunos. A partir dessa avaliação os professores se programam para agir, melhorar a metologia pedagógica. Todos os três eixos dizem respeito à melhoria estratégica da educação. O fato de ter passado por aqui anteriormente me permitiu implementar as três ações.

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