Pesquisadora do ES apresenta descoberta de réptil voador que viveu há milhões de anos no Brasil
O ponto alto do simpósio é a apresentação da descoberta de uma nova espécie de pterodáctilo. A descoberta foi de uma pesquisadora do ES junto com outro pesquisador do Rio Grande do Sul
Centenas de pesquisadores e estudantes universitários têm a oportunidade de conhecerem mais sobre o mundo da paleontologia, neste fim de semana, em Vitória. A Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), sedia até a próxima sexta-feira (29), o IX Simpósio Brasileiro de Paleontologia de Vertebrados, que reúne 170 pesquisadores de todo o País, e até do exterior, para divulgar trabalhos e pesquisas sobre fósseis.
O ponto alto do simpósio será a apresentação da descoberta de uma nova espécie de pterodáctilo, um réptil gigante. A espécie foi descoberta por uma pesquisadora capixaba e por um professor universitário, do Rio Grande do Sul. Taissa Rodrigues e Felipe Pinheiro viajaram o mundo para conseguir a descoberta.
“A espécie de Pterodáctilo que descobrimos demandou muita pesquisa por parte da gente. Eu e o Felipe viajamos vários países europeus como a Alemanha atrás de registros. O trabalho da pesquisa foi bem extenso porque precisávamos ter a certeza que a espécie ainda não havia sido descoberta”, conta Taissa, que é professora e coordenadora do Núcleo de Estudos em Paleontologia e Anatomia da Ufes.
O simpósio acontece a cada dois anos e essa é a primeira vez que o Espírito Santo sedia o evento, que é dirigido a todos que se interessam pela paleontologia de vertebrados. “O nosso objetivo maior é divulgar os nossos trabalhos com vertebrados fósseis, mostrar o que nós temos feito, é ajudar a divulgar o Espírito Santo a ser uma referência como local de pesquisa. A receptividade do público está sendo enriquecedora”, diz Taissa.
Os estudos no ES
Estudos paleontológicos apontam que o Espírito Santo não foi lar de dinossauros, pelo menos não os que se veem nos cinemas, de acordo com os fósseis encontrados até a atualidade. As formações rochosas e condições geológicas do Estado não favoreciam a sobrevivência dos animais jurássicos.
Além do mastodonte, também na década de 1960, pesquisadores catalogaram fósseis de preguiças-gigantes, que viveram na região há dez mil anos. Os animais chegavam a pesar até sete toneladas e mediam, em média, três metros.
O Pterodáctilo
Muito embora cientistas acreditem que os dinossauros evoluíram para aves, os pterossauros mantinham ainda as características típicas de répteis, não chegavam nem mesmo a serem ancestrais das aves. Esses animais tinham pele rugosa, e a boca repleta de dentes.
O Pterodáctilo é o pterossauro mais conhecido deste grupo. Essa espécie viveu entre 65 e 150 milhões de anos atrás, última fase da era Mesozóica. Era carnívoro e se alimentava de peixes e pequenos animais.
Com informações do portal InfoEscola