"Por enquanto não há risco de desabastecimento", diz diretor da Agerh

A Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh) declarou Estado de Atenção devido à ameaça de escassez hídrica em rios do Espírito Santo. A resolução foi publicada nesta terça-feira (16) no Diário Oficial. 

O órgão destacou que, considerando que os baixos volumes de chuvas previstos para o Estado em julho, agosto e setembro, pode gerar risco de redução da oferta de água nos meses seguintes. 

Em entrevista ao Folha Vitória, o diretor presidente da Agerh, Fábio Ahnert, destacou que, na Grande Vitória, por enquanto, não há risco de desabastecimento. 

"Na Grande Vitória, estamos com as vazões da bacia do Rio Santa Maria e Jucu baixas, mas coerentes com o período de estiagem. No Sul, está baixa, mas um pouco melhor. A seca está mais acentuada no norte do estado", descreveu Fábio. 

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Ele também destacou que, por enquanto, são presentes apenas recomendações para o uso racional da água. "Não há aplicação de penalidade. Se a situação ficar mais séria, podemos falar de obrigatoriedades e restrições". 

Diante da situação, foram destacadas e realizadas algumas recomendações que podem ajudar no cenário. Entre elas estão: redução do consumo de água, reutilização sempre que possível e a manutenção de equipamentos e instalações para evitar desperdícios.

Confira algumas recomendações dadas pela Agência Estadual de Recursos Hídricos: 

População em geral 

São recomendadas a prática de banhos mais rápidos, manter as torneiras bem fechadas quando não estiver em uso. 
A água na máquina de lavar pode ser utilizada para fazer a limpeza dos cômodos.
Procurar dar descargas curtas de preferência quem puder utilizar aquelas caixas acopladas nos sanitários que possuem o volume limitado de água e muitas delas tem o botão com menos e mais água.

Prefeituras municipais

Às prefeituras dos 78 municípios do Espírito Santo são recomendadas ações que reduzam e responsabilizem atividades promotoras do desperdício de água, como lavagem de calçadas, fachadas, muros e veículos com o uso de mangueiras; a rega de gramados, jardins, vias públicas com água que não seja de reuso.

Indústrias

Medidas de reúso, reaproveitamento e reciclagem de água em suas unidades são as recomendações da Agerh para a redução do consumo em empreendimentos industriais.

Agricultura

Aos usuários e empreendedores agrícolas, que adotem manejo adequado da irrigação, visando ao uso racional da água. 

Companhias públicas e privadas de saneamento e serviços autônomos municipais de água e esgoto

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Às empresas e organizações responsáveis pelo abastecimento urbano de água, a Agerh recomenda campanhas de incentivo à economia do consumo diário de água pela população, intervenções para redução do índice de perdas do sistema de distribuição, e a agilidade no atendimento às solicitações de reparos de vazamentos em suas redes;

Órgãos licenciadores

A Agerh recomenda aos órgãos responsáveis pelo licenciamento de atividades poluidoras, potencialmente poluidoras, degradadoras ou potencialmente degradadoras, que imponham aos empreendimentos a adoção de medidas para a ampliação do uso racional, do reuso e aproveitamento de águas residuais tratadas, da captação de águas de chuva e de ações de reflorestamento e conservação de água e solo.
Outra recomendação aos órgãos licenciadores é a desburocratização do licenciamento de atividades e intervenções emergenciais destinadas ao aumento da oferta hídrica.

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A Agerh também poderá estabelecer restrições face ao possível agravamento da situação nas bacias hidrográficas estaduais, sob a possibilidade de regras excepcionais de redução do uso em bacias hidrográficas e revisão das Portarias de Outorga do Direito de Usos.

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