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"Para mim, o mundo caiu", diz tutora de cadela morta após fugir de pet shop

Eva havia sido levada para o estabelecimento para tomar banho, mas escapou. A chihuahua foi atropelada na Avenida Adalberto Simão Nader

Redação Folha Vitória

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Foto: TV Vitória/Acervo pessoal
Beatriz Ribeiro era tutora de Eva (destaque) e contou como soube do desaparecimento da cadela
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A empresária Beatriz Ribeiro, tutora da cadela Eva, que morreu atropelada após fugir de um pet shop no Bairro República, em Vitória, relatou que foi avisada do desaparecimento horas depois da fuga do pet. 

A chihuahua de 3 anos foi encontrada morta na manhã desta segunda-feira (29), na Avenida Adalberto Simão Nader, a poucos metros do estabelecimento. Ela foi levada ao pet shop na manhã de sábado (27) junto de outro cachorro da empresária, para tomar banho.  

De acordo Beatriz, a cadela precisava de cuidados especiais. Por ser muito branca, ela acabou desenvolvendo dermatite solar, o que exigia banhos frequentes.

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Junto com os cães, a tutora enviou uma bolsa com sabonete e hidratante especiais para cuidar da condição de Eva.

Segundo Beatriz, o pet shop entrou em contato por volta de 13h57, muito tempo depois do prazo estipulado para a entrega, para avisar que Eva havia fugido. Eles alegaram que a cadela teria escapado dos braços do motorista e fugido. 

"O pet shop disse que ia entregar no máximo ao meio-dia, mas já estava dando 13h. Quando era 13h57, meu telefone tocou. Era a atendente para me dizer que ela havia fugido. Questionei porque ela havia me avisado tão tarde. Ela tentou justificar, mas desliguei o telefone sem ouvir o que ela tinha para dizer. Meu marido saiu daqui correndo. Quando chegou lá, de fato, a Eva já havia sumido", relatou a tutora. 
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O marido da empresária e o proprietário do pet shop realizaram buscas, mas não conseguiram encontrar a cadela nem durante a tarde de sábado e nem durante o domingo. 

Ainda de acordo com a tutora, o proprietário do pet shop alegou que 10 funcionários teriam saído para procurar pela cadela. 

Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal
Todos os meus amigos foram para a rua. Aí quando foi no domingo, ele ligou para o meu marido e falou para irmos para lá, porque iria encontrar o motorista para refazer o trajeto. Isso era 11h30, 11h40 da manhã. Foi meu marido, no domingo, às 11h30, para encontrar com ele e o motorista para refazer o trajeto", disse. 

Segundo Beatriz, a notícia da morte de Eva foi comunicada pelo próprio dono do pet shop, que relata ter encontrado a cadela por volta de 10h40. 

"Ela foi encontrada nesta segunda. Segundo ele, eram 10h40. Quando minha irmã chegou lá, ele disse que só havia uma carcaça. Para mim, o mundo caiu, era aquela questão, eu queria encontrá-la viva ou morta, pedi a noite toda que Deus me desse esse direcionamento. Eu precisava encontrá-la e a encontrei da pior forma", contou Beatriz. 

Beatriz contou que solicitou as imagens das câmeras de videomonitoramento do pet shop, mas o proprietário do estabelecimento informou que o equipamento passava por manutenção. 

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Ela chegou a ter acesso às imagens de câmeras de um prédio que fica em frente ao local, que mostram a cadela correndo pela rua. 

Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal
"Quando vi a Eva, a reconheci pelas costas, porque não havia mais nada para identificá-la. O que chama a atenção é que quando ele disse que havia apenas uma carcaça, isso foi feito junto a um funcionário de uma empresa que já realiza o serviço de recolhimento. Se ele não tinha certeza que era a Eva, por que já estava com o serviço pronto para receber a cachorra? Preciso saber o que aconteceu, de onde veio, qual é a câmera que pega", afirma. 

A tutora relata que após o recolhimento do corpo, o proprietário do pet shop afirmou que irá arcar com todos os custos do sepultamento da cadela. De acordo com Beatriz, o casal decidiu que Eva será cremada. 

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As circunstâncias da fuga e do atropelamento de Eva ainda seguem sob investigação.

Por meio de uma nota, a equipe do estabelecimento lamentou o ocorrido e destacou que está à disposição para prestar apoio aos tutores.

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*Com informações do repórter Rodrigo Schereder, da TV Vitória/Record 

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