ES pode alcançar imunidade coletiva em novembro com avanço da vacina
Secretário de Saúde acredita que o ritmo da vacinação irá contribuir para que a transmissão da doença diminua; atualmente, 56% da população recebeu a primeira dose
O Espírito Santo pode alcançar a chamada imunidade coletiva em novembro. A informação foi dada pelo secretário de Saúde, Nésio Fernandes, em coletiva virtual de imprensa na tarde desta segunda-feira (05). Na imunidade coletiva, grande parte da população já está imune contra uma infecção e, com isso, dificulta a ampla transmissão de um vírus.
Fernandes explicou que esse fenômeno epidemiológico irá acontecer somente com o avanço da vacinação. "Devemos alcançar entre os meses de setembro e de novembro uma cobertura satisfatória com as duas doses para poder reconhecer de fato uma cobertura que nos dê segurança de uma imunidade coletiva protetora que seria capaz de preservar vidas", destacou.
Segundo o secretário de Saúde, atualmente, o Espírito Santo tem 54% da sua população adulta alcançada com, pelo menos, a primeira dose de imunizante contra a covid-19. "Estamos consolidando uma posição de destaque entre os três Estados do Brasil com o melhor desempenho da vacinação da primeira e da segunda dose e, neste mês de julho, iremos incrementar com a atualização de diversas estratégias de vacinação na população capixaba", informou, levando em conta que haverá uma grande aplicação de segunda dose, principalmente da AstraZeneca.
Imunidade de rebanho
O secretário ressaltou que a estratégia de imunidade de rebanho não será utilizada no Espírito Santo e alertou para que os jovens não adotem comportamentos por causa dessa prática. Nessa alternativa, a cadeia de transmissão da doença é interrompida ao deixar que parte da população contraia o vírus livremente e, naturalmente, se torne imune.
Fernandes criticou este formato de imunização e enfocou que somente as vacinas poderão ter o efeito necessário de proteger a população. "O governo não leva em consideração e não considera razoável adotar aquele conceito rechaçado pela ciência e pela boa gestão de todos os sanitaristas. Nós, para fim do reconhecimento da segurança para a retomada das atividades econômicas e sociais, reconhecemos a cobertura pelas vacinas, cobertura conquistada pela primeira dose e devemos avançar nessa completude", ressaltou.
Comportamento de risco
Para o secretário, a postura de muitos jovens em querer se contaminar para se imunizar é extremamente perigosa. Ele disse que isto não se sustenta devido à presença das inúmeras variantes que estão em circulação no país, principalmente a P1 (a cepa de Manaus) e a chamada Delta (a variante indiana). "Queremos fazer um apelo aos jovens e adultos que não foram vacinados para que respeitem o uso da máscara e o distanciamento e não desenvolvam atividades sociais que exponham você e as pessoas que você gosta ao risco de contaminação pela doença", alertou.
Fernandes lembrou que a oferta de vacinas é bem maior que no início do ano e que a população precisa ter paciência. "As mortes são evitáveis. Precisamos ter um pouco mais de paciência e respeito à violência da doença para aguardarmos o momento de cada um estar protegido com as duas doses da vacina e, desta maneira, poderemos retomar de maneira mais ampla às atividades sociais e econômicas", concluiu.
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