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Morre o dissidente chinês e vencedor do Nobel da Paz Liu Xiaobo

Na terça-feira, o governo americano havia apresentado uma proposta à China para receber o dissidente e lhe oferecer tratamento médico

Redação Folha Vitória
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PEQUIM - O dissidente chinês e vencedor do prêmio Nobel da Paz Liu Xiaobo morreu aos 61 anos nesta quinta-feira, 13, no hospital em que estava internado no norte do país, segundo um comunicado das autoridades da cidade de Shenyang. Ele tratava um câncer terminal no fígado e havia sido transferido da prisão há um mês.

Na véspera, o hospital disse que o paciente estava “em insuficiência respiratória" e havia sofrido falência múltipla de órgãos. Em 2009, o ativista foi condenado a 11 anos de prisão, acusado de "subversão" após reivindicar reformas democráticas na China. Ele foi um dos autores da chamada Carta 08, um manifesto que exigia a realização de eleições livres. Durante a cerimônia de entrega do Nobel em Oslo, em 2010, foi representado por uma cadeira vazia. 

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Liu Xiaobo é o primeiro Nobel da Paz a morrer privado da liberdade desde o pacifista alemão Carl von Ossietzky, que morreu em 1938 em um hospital quando estava detido pelos nazistas. O opositor estava hospitalizado em liberdade condicional, depois de passar oito anos na prisão para cumprir sentença por "subversão".

O governo alemão já havia solicitado que a China permitisse que o dissidente deixasse o país e se prontificou em tratá-lo. Pequim não concordava com a transferência e alegava que o estado de saúde de Liu impedia sua saída. Na semana passada, dois médicos ocidentais que visitaram o paciente avaliaram que ele teria condições de deixar o país.

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O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Geng Shuang, respondeu que os outros países deveriam respeitar a soberania judicial chinesa e "não interferir nos assuntos internos da China sob pretexto de um caso individual".

O Hospital Universitário N.º1 de Shenyang, onde Liu estava internado, informou na segunda-feira que ele se encontrava "em estado crítico". De acordo com a instituição, o paciente havia sofrido um choque séptico, uma infecção abdominal e havia sido submetido à diálise.

Reação

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O governo chinês tem "grande responsabilidade" pela morte "prematura" do dissidente, acusou o líder da Comissão do Nobel da Paz, Berit Reiss-Andersen.

Ele disse que é "profundamente perturbador que Liu Xiaobo não tenha sido transferido para uma instalação onde poderia receber tratamento médico adequado antes de se tornar um doente terminal". 

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