Governo estuda redução nas taxas de juros para alunos do Fies
Ninguém será obrigado a migrar, mas poderá avaliar qual será a modalidade mais vantajosa
Brasília - O governo federal estuda a possibilidade de oferecer redução nas taxas de juros a alunos vinculados ao atual Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) que aceitarem migrar para o novo modelo. Em troca, teria maior eficiência na hora de cobrar as parcelas do empréstimo, já que o Novo Fies prevê desconto das prestações diretamente do salário formal.
O aluno paga hoje juro nominal de 6,5% ao ano, o que poderia ser vantajoso em tempos de inflação elevada. Com os preços subindo em média 3% ao ano, porém, acaba impondo taxa de juros real acima de 3% ao ano. O "juro real zero" do novo Fies propõe só correção de valores dos contratos pela inflação.
Para o governo, os descontos nos juros se reverteriam positivamente no pagamento em dia de maior número de contratos.
Empresas
O governo também quer incentivar empresas a contratarem o Fies para bancar um curso superior a seus funcionários. Para isso, o Ministério do Trabalho deve propor ao Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador que o fundo empreste R$ 250 milhões no ano que vem para essa modalidade. A fonte de recursos mais barata contribuiria para uma taxa menor de juros, que o próprio Codefat estima que deva ficar abaixo da taxa básica, a Selic, hoje em 10,25% ao ano.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.