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Doria anuncia nova PPP e recebe doações de câmeras e drones chineses

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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HANGZHOU - O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), em visita oficial à China, anunciou nesta terça-feira, 25, mais uma parceria público-privada (PPP) para a capital paulista e "passou o chapéu" nas empresas de tecnologia da cidade de Hangzhou, no sul, pedindo câmeras de monitoramento. As duas empresas que visitou, Hikvision e Dahua, prometeram doar dois drones e 1 mil câmeras de monitoramento, além de estudar a doação de outras 1 mil.

Doria não escondeu o jeito "pidão" ao comentar a visita aos chineses. "Com um déficit igual ao que temos, não temos alternativa senão pedir", disse o prefeito.

A PPP seria para financiar a ampliação da rede de câmeras na cidade. As duas empresas visitadas se colocaram à disposição para formatar a parceria.

Os drones recebidos estão avaliados em cerca de US$ 100 mil cada. Eles serão enviados à Guarda Civil Metropolitana (GCM) e farão parte do programa City Câmeras, centro das ações do prefeito na cidade chinesa nesta terça-feira.

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O programa, lançado em março e que começou a funcionar no último mês, é uma rede que integra câmeras públicas e privadas, de cidadãos e empresas que decidem se integrar ao sistema, para facilitar o fornecimento de informações às polícias para prevenir e esclarecer crimes.

A visita a Hangzhou ocorreu sob um sol de 41ºC - funcionários das empresas que o prefeito visitou disseram ser esta tarde a mais quente dos últimos 146 anos, citando o noticiário local.

Concorrência

As duas empresas são concorrentes, e Doria também não escondeu ter usado isso como estratégia para fazer as doações. O prefeito disse a uma empresa que a outra iria colaborar e vice-versa. "Já havia feito isso para conseguir motos e carros para o programa Marginal Segura", disse o prefeito. "Essa é uma tática que funciona", brincou.

A rivalidade é tanta entre elas que a comitiva que acompanha Doria teve de trocar de veículos, pago por uma das empresas, ao entrar no prédio da rival.

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Com quase um terço do mercado mundial de vigilância de ruas, a cidade onde elas estão sediadas é uma das vitrines das possibilidades de monitoramento eletrônico. Hangzhou tem cerca de 2 milhões de câmeras integradas a um sistema parecido com o City Câmeras de Doria, segundo informou o presidente da Dahua, Fu Liquan.

O prefeito quer que as 1 mil câmeras que recebeu - ou 2 mil, se a Hikvision também aceitar o pedido de doação - sejam integradas ao sistema Detecta, da Secretaria Estadual da Segurança Pública. Embora esteja em implementação desde 2012, o sistema paulista ainda não oferece funções de monitoramento analítico prometidas pelo governo.

Com essas funções, o próprio software do sistema conseguiria identificar um crime ocorrendo - como perceber que uma pessoa sacou uma arma - e enviar alerta para uma agente real analisar a imagem.

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O prefeito evitou criticar a lentidão do Detecta, de responsabilidade de seu padrinho político, o governador Geraldo Alckmin (PSDB). "Até onde sei, o sistema cumpre suas funções", afirmou.

Agenda na China

Doria saiu de Hangzhou no fim da tarde e viajou de trem-bala para a cidade de Xangai. Nesta quarta-feira, 26, madrugada de terça-feira no Brasil, o prefeito tem novas reuniões com empresas de tecnologia e visita mais um fundo de investimentos.

Na segunda-feira, 24, recebeu do China Development Bank (CDB) - o banco chinês equivalente ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) - a promessa de que a instituição financiaria programas propostos pelo prefeito, como a concessão da operação do bilhete único.

*O REPÓRTER VIAJOU A CONVITE DO GOVERNO CHINÊS

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