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Rio Tietê quase seco expõe toneladas de lixo em Salto

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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São Paulo - A mais severa estiagem dos últimos 80 anos mudou a paisagem urbana de Salto, na região de Sorocaba (SP). Quase seco, o Rio Tietê, que forma uma cachoeira no centro da cidade, transformou-se num fio de água escura e expôs toneladas de lixo acumuladas entre as pedras ao longo de décadas. Até a tarde desta quarta-feira, 30, equipes da prefeitura haviam retirado 6,6 toneladas de lixo e entulho.

Por ser material contaminado pela poluição, plásticos, garrafas PET, brinquedos, latas, peças de veículos e outros materiais recicláveis tiveram de ser enviados para um aterro sanitário autorizado. Apenas restos de madeira e paus foram separados para uso em fornos industriais. Funcionários da prefeitura tiveram de treinar rapel para escalar, com o auxílio de cordas, os paredões de granito que formam a cachoeira e as corredeiras de Salto.

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O lixo foi retirado em sacolões de plástico e transportado em caminhões. De acordo com o prefeito Juvenil Cirelli (PT), o material é proveniente das cidades que margeiam o Tietê antes da chegada a Salto, sobretudo na Grande São Paulo. Levados pela correnteza, os detritos acabam retidos no extenso pedral de granito existente na passagem pela cidade.

Além do aspecto ambiental, a ação visa a chamar a atenção para a necessidade de despoluir o Tietê, diz o prefeito. "Nós que acostumamos a venerar a queda d´água sabemos os reflexos negativos da falta de políticas sérias para coleta e destinação dos resíduos sólidos. A limpeza que estamos fazendo deve servir de alerta e de exemplo a toda sociedade", afirmou.

O prefeito vai levar a questão à Associação das Prefeituras das Cidades Estâncias do Estado de São Paulo (Aprecesp), da qual Salto faz parte. "A despoluição do Tietê deve ser uma bandeira das estâncias turísticas."

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Os trabalhos prosseguem ao longo da corredeira e numa ilhota localizada no centro do rio, conhecida como Ilha dos Amores. Além do rapel, usado para escalar paredões de até 26 metros, será usada uma tirolesa - passagem de cordas estendido sobre o rio - para retirar o lixo da ilha.

Uma empresa de esportes radicais dá apoio aos trabalhadores. Segundo a instrutora Angélica Schiffel Guigov, outros municípios cortados pelo Tietê se interessaram pelas técnicas de esporte radical para a limpeza das margens e barrancos. "Os municípios estão aproveitando esse período difícil de seca para conscientizar sobre o meio ambiente", disse.

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