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Estudante descobre câncer em exame para estágio e tem de amputar as pernas

Bianca Andrade recebeu o diagnóstico de leucemia e perdeu parte dos membros inferiores. Uma vaquinha está sendo feita para ajudar a adaptar sua casa

Guilherme Lage

Redação Folha Vitória
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Foto: Reprodução/Instagram
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A estudante de pedagogia Bianca Andrade, de 25 anos, viu sua vida ser transformada em julho de 2023. Naquele mês, a jovem, até então saudável, recebeu uma notícia que transformaria sua rotina e de sua família: o diagnóstico de leucemia. Ela perdeu parte das duas pernas.

A doença foi descoberta após Bianca realizar um exame admissional para um estágio, que contava com uma análise de sangue. O procedimento apontou alteração nos leucócitos. 

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De lá para cá, começou um período tomado por exames e pela vontade de se recuperar. Atualmente, amigos e família da estudante realizam uma vaquinha para reformar a casa onde Bianca vive, já que ela necessita de cadeira de rodas para se locomover. 

Isso acontece porque Bianca teve parte das duas pernas amputadas durante o tratamento contra a doença. As reformas precisam acontecer nos quartos e no banheiro da casa da estudante, em Flexal II, Cariacica. 

"Levantamos a vaquinha para adaptar a casa, não existe um valor estimado. O que precisamos agora é de equipamentos para o banheiro e nivelar alguns quartos da casa. Também é preciso adaptar um beco, porque quando eu desço de casa, preciso passar um bequinho, que é bem inclinado. As rodas ficam presas, a cadeira levanta", contou a jovem em entrevista ao Folha Vitória. 

Bianca relatou que com o dinheiro arrecadado até o momento já foi possível nivelar alguns pisos da casa. 

Além disso, já estão conseguindo lidar com as adaptações ao banheiro. O próximo passo será o beco. 

As doações para a vaquinha podem ser feitas ao Pix da estudante, por meio da chave 27 99850-0085. 

Veja vídeo que mostra doação para ajudar a estudante:

Diagnóstico surpreendeu

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Bianca conta que o diagnóstico foi uma surpresa, uma vez que ela nunca havia sentido nenhum sintoma que sequer lembrasse a doença. O susto veio mesmo com o exame admissional. 

"Apareceu uma alteração nos leucócitos. O médico do trabalho disse que eu devia procurar um especialista. Paguei um exame laboratorial particular para ver se dava o mesmo resultado. Como foi igual, procurei um especialista. Logo, ele me pediu exames de medula óssea", disse. 

Com o diagnóstico, começaram as sessões de quimioterapia venosa. Ao todo, foram cinco. Bianca relata que a compreensão sobre a gravidade da doença só a atingiu a partir da segunda sessão. 

"O médico me explicou direitinho. Mas acho que só na segunda sessão a ficha caiu, pois eu fui tomar banho e o chão do box ficou coberto de cabelo. Realmente ali, eu entendi que era um câncer, que eu precisaria ficar internada", relatou. 

Após um período de internação, Bianca pôde voltar para a casa. Uma vez junto da família, começou a se sentir mal. Ela teve febre e precisou voltar ao hospital, com alguns sangramentos. 

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De volta ao hospital, os médicos a informaram que ela havia contraído uma infecção no pulmão, que se espalhou para outras partes do corpo. O jovem teve um choque séptico e ficou em coma por seis dias. 

Durante esse período, ela foi tratada com noradrenalina, que faz com que a circulação de sangue se foque nos órgãos vitais. Os membros costumam sofrer com a falta desta circulação, com isso, as pernas da jovem necrosaram. Bianca acordou sem parte das duas pernas. 

"Foi um baque muito grande. Como já estava muito debilitada, as pernas necrosaram rapidamente. Acordei sem saber de nada, desesperada e me debatendo na cama, com as mãos e pernas enfaixadas. Acordei assustada, com medo e com dor, mas não sabia o que tinha acontecido, porque eu não lembrava. Depois foi que entraram para me contar o que havia acontecido", conta. 

Foco no futuro e na independência

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Atualmente, o foco de Bianca segue em sua recuperação. Ela faz fisioterapia no Centro de Reabilitação Física do Espírito Santo (CREFES), onde disponibilizam próteses. 

E este é o principal objetivo da estudante: voltar a andar e retomar sua independência. 

"Eu estou bem, faço quimioterapia oral e fisioterapia no CREFES. O que mais quero é voltar a andar, mesmo que não seja da mesma forma de antes, vou ter mais independência. A vaquinha tem me ajudado bastante". 

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