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MÊS DO ORGULHO LGBTQIA+

Promotor do ES abre o coração e se emociona ao falar sobre a aceitação do filho homossexual

Jeferson de Oliveira Gonzaga fala sobre o processo de acolhimento do filho Tales Albano Gonzaga e do enfrentamento ao preconceito

Gabriel Barros

Redação Folha Vitória
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Foto: Reprodução/ Youtube MPES
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Um vídeo do promotor de Justiça do Espírito Santo emocionou muitas pessoas nas redes sociais na quarta-feira (19). Jeferson de Oliveira Gonzaga abriu o coração e relatou, emocionado, os detalhes da vivência com o filho homossexual.

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Promotor desde 1992, Jeferson já teve que combater diversas organizações criminosas que atuavam no Estado e causava dor e sofrimento à muitas famílias. Mas, para ele, o preconceito é o mais difícil de combater.

"Eu queria conversar, saber como era, aprender, porque era um mundo novo para mim. Eu não sabia o que me esperava", inicia o relato sobre a vivência com o filho Tales Albano Gonzaga.

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O pai e promotor deixou um recado para as famílias que passam pelo processo de acolhimento de um filho LGBTQIA+.

"Se a religião ou grupo de amigos te cobram para você deixar de amar o seu filho, por que não trocar de religião? Por que não trocar de amigos? Eu jamais trocaria o meu filho. Quando a gente se afasta de um filho, a gente abre a porta para tudo aquilo de ruim que o mundo tem", destacou emocionado.

O vídeo faz parte da campanha "Onde tem afeto, tem família", promovida pelo Ministério Público do Estado no mês em que é celebrado Orgulho LGBTQIA+. O projeto celebra o amor, a empatia e a diversidade e reúne relatos de dificuldades, preconceitos e da experiência da comunidade no Estado.

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O coordenador da Comissão de Direito à Diversidade Sexual e à Identidade de Gênero (CDDS) e promotor de Justiça, Franklin Gustavo Botelho Pereira, lembrou que é a discriminação e preconceito faz com que muitos laços sejam rompidos. Segundo ele, o objetivo da campanha é auxiliar as famílias.

A família é o núcleo principal da sociedade e o local onde toda pessoa aprende a se relacionar com os outros e a lidar com seus afetos. O que é aprendido ali dura para a vida toda. Infelizmente, várias pessoas, inclusive menores de idade, são incompreendidos e até violentados ou expulsos de seus lares, em razão de sua orientação sexual ou identidade de gênero, o que certamente lhes causará sofrimentos talvez insuperáveis. O objetivo da campanha, é demonstrar que o afeto deve ser a base de toda família”, pontuou.

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O Procurador-Geral de Justiça do Espírito Santo, Francisco Martínez Berdeal, destacou a importância da atuação do MPES na garantia ao respeito à igualdade e à liberdade de orientação sexual e de identidade de gênero.

A luta contra o preconceito, a discriminação e a violência em face de pessoas LGBTQIA+ constitui dever do Ministério Público. Como guardião da Constituição, devemos velar pelo cumprimento do princípio da dignidade da pessoa humana. A nossa busca é por uma sociedade mais fraterna, plural e sem preconceitos”, assinalou.
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