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Professores da Ufes decidem encerrar greve após mais de 2 meses de paralisação

Os servidores técnicos da Universidade Federal do Espírito Santo também finalizaram a paralisação da categoria

Redação Folha Vitória

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Foto: Thiago Soares/Folha Vitória
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Após mais de dois meses de paralisação, os professores da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) decidiram acatar as propostas do governo federal e dar fim à greve. Os servidores técnicos da instituição também finalizaram a paralisação da categoria.  

De acordo com a Associação dos Docentes da Ufes (Adufes), em assembleia-geral que ocorreu na tarde desta sexta-feira (28), a maioria dos professores optou pelo encerramento da greve. Não foi informado quantos votos a favor, apenas destacado que foram 10 abstenções e nenhum voto contrário.

Já na assembleia realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores na UFES (Sintufes), os servidores técnicos administrativos também decidiram em sua maioria encerrar a greve, que já havia ultrapassado três meses. 

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A greve dos professores da Ufes iniciou no dia 15 de março com a paralisação das atividades acadêmicas. Portões ficaram fechados em vários momentos desse período. O movimento se uniu à mobilização de diversos professores de universidades e institutos federais de todo o país.

Dentre as reivindicações da classe estavam a restauração do orçamento das Instituições Federais de Ensino, ampliação dos programas de assistência estudantil, revogação do novo ensino médio e melhoria das condições de trabalho.

Veja as revindicações: 

- Restauração do orçamento das Instituições Federais de Ensino;
- Ampliação dos programas de assistência estudantil;
- Revogação do novo ensino médio;
- Melhoria das condições de trabalho;
- Fim de assédios moral e sexual nas IFE;
- Recomposição da força de trabalho por meio de concurso público;
- Autonomia e democracia universitária;
- Criação de condições efetivas que garantam a unificação entre ensino, pesquisa e extensão;
- Revogação da Portaria MEC 983/2020;
- Arquivamento da PEC 32/2020 e qualquer outra contrarreforma administrativa que siga suas diretrizes;
- Reestruturação das carreiras dos e das docentes e das técnicas e técnicos - administrativos;
- Recomposição salarial e pela data base;

- Pelo fim da contribuição previdenciária de aposentados/as e pensionistas.

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Já a paralisação dos servidores técnicos administrativos da Ufes começou no dia 13 de março. No anúncio oficial da paralisação, o Sintufes informou que as principais reivindicações da greve eram a reestruturação de carreira e reajuste salarial. 

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ACORDO PREVÊ REAJUSTE PARA AS CATEGORIAS

No último domingo (23), o governo federal e entidades representativas dos docentes das instituições de ensino superior públicas e dos Técnicos-Administrativos em Educação (TAE) das instituições de ensino superior públicas assinaram acordos para o encerramento das paralisações. 

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Os acordos foram fechados no âmbito das mesas de negociação lideradas pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI).

O acordo para os docentes prevê a reestruturação da carreira, com ganhos de 9%, em janeiro de 2025; e 3,5%, em maio de 2026; além de reestruturação na progressão entre os diferentes níveis da carreira. 

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Somado ao reajuste de 9% de 2023, a proposta de valorização da carreira docente até 2026 representa aumento em torno de 28,2% para professores, sendo 43% para o para o cargo de menor remuneração. 

O ganho fica acima da inflação projetada para o período 2023 a 2026, que varia de 15% a 18%. Também foram negociadas pautas não-remuneratórias que foram incluídas no acordo.

Assinaram o documento o Sindicato Nacional dos docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) e o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe).

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Já a proposta do governo para a reestruturação das carreiras dos técnicos TAEs aumenta o reajuste médio para 31,2% em quatro anos, apresenta ganhos com progressão na carreira (steps), que aumentarão dos atuais 3,9% para 4,0% em janeiro de 2025 e 4,1% em abril de 2026. 

Com essa composição, o reajuste acumulado varia de 24,8% a 46,5% dependendo da classe e do nível na carreira. Na reestruturação da carreira, o tempo de progressão diminui de 18 para 12 meses, com aceleração a cada cinco anos. Mudança que permite que se chegue do início ao topo da carreira em 15 anos.

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