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Morre Elizabeth Fernandes, assistente social do ES que lutou contra câncer e inspirou pacientes

Diagnosticada desde 2005, nos últimos anos ela compartilhou nas redes sociais a rotina e mensagens de acolhimento para outras pessoas que enfrentam a doença

Redação Folha Vitória

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Foto: Reprodução Instagram
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Após quase 20 anos vencendo o câncer — como ela mesmo se referia ao tratamento —, a assistente social Elizabeth Maria Fernandes morreu nesta quinta-feira (20) aos 56 anos. A informação foi divulgada pela família.

Nos últimos anos, ela se dedicou a compartilhar nas redes sociais a rotina do tratamento e mensagens de apoio e acolhimento para ajudar outras pacientes oncológicas a enfrentar a doença.

Elizabeth recebeu o diagnóstico em 2005. Na época, segundo relatou em diversas entrevistas, ela percebeu o surgimento de um pequeno caroço no seio esquerdo. Mesmo com o desafio do tratamento, sempre levou a vida com leveza.

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Em uma rede social, a filha de Elizabeth prestou uma homenagem para a mãe. Em vídeo, a estudante de Medicina Amanda Fernandes compartilhou momentos que viveu ao lado da mãe.

"Não poderia deixar tudo preto e branco porque a sua vida sempre foi cheia de luz e de cores. A senhora sempre exalou brilho e alegria, gostou de flores e de paisagens, amava tirar fotos e posar para todos os vídeos. Com muita dor no coração, eu te deixo descansar, com muita saudade e muita vontade de tirar toda essa dor da sua ausência", escreveu.
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Em 2021, em entrevista ao Jornal da TV Vitória, Elizabeth falou sobre a importância do apoio da filha para cumprir todas as etapas do tratamento. 

Minha filha tinha 4 anos quando descobri o primeiro tumor. Aos 7 anos, ela já fazia curativo em mim. Ela é minha companheira e me ajuda muito neste trabalho que faço na internet e que está ajudando tantas pessoas. Recebo muitas mensagens de pessoas que se dizem inspiradas pela minha forma de ver a vida, que passam a ter mais esperança", disse ela na época.

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Em uma das últimas postagens nas redes sociais, Elizabeth deixou uma mensagem de esperança e acolhimento para outras pessoas que enfrentam o câncer. 

"Sou sim uma paciente forte, mas tem dias que me canso da rotina constante do tratamento. É hora de procurar ajuda, de inspirar em situações positivas, fé e esperança. Uma junção de atitudes que dão novo gás ao tratamento", escreveu.

O velório será realizado no Cemitério Parque da Paz, em Vila Velha, a partir das 8h desta sexta-feira (21). O sepultamento está previsto para às 16h30.

Elizabeth descobriu doença após notar caroço no seio

Elizabeth percebeu um pequeno caroço no seio esquerdo. A lesão aumentou e ela passou a sentir dor. Foi quando procurou um mastologista, que solicitou um ultrassom. 

O exame constatou um câncer de mama em estágio avançado. O nódulo foi removido com biópsia cirúrgica. Dias depois, ela foi submetida à mastectomia radical da mama esquerda com reconstrução imediata e passou por sessões de quimioterapia. O tratamento deu resultado e a assistente social conseguiu se recuperar.

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Em 2014, no entanto, a doença apareceu no esterno, osso que fica na frente do tórax e que com as costelas protege o coração. Para conseguir fazer a biópsia pelas costas, Elizabeth teve o pulmão esquerdo paralisado.

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O procedimento deu certo, embora o tumor não tenha sido removido de forma cirúrgica. Ela precisou ficar na UTI por uns dias, seguiu em tratamento posteriormente e se recuperou. Dois anos depois, Elizabeth teve uma nova recaída, desta vez no pulmão esquerdo, que necessitou de um novo tratamento.

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Em 2018 foi necessária a realização de uma nova quimioterapia para reduzir as lesões, que voltaram a se manifestar na mama esquerda, esterno e pulmão esquerdo. No ano seguinte, Elizabeth voltou a sentir dores, sendo submetida as sessões de radioterapias.

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