/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_TOPO |
Geral

Naufrágio na Grécia mata 59 migrantes e deixa dezenas de feridos e de desaparecidos

As autoridades da Grécia informaram que, no momento do naufrágio, nenhuma pessoa a bordo usava colete salva-vidas. As nacionalidades das vítimas não foram divulgadas

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
audima
audima
Foto: Alkis Konstantinidis/ Reuters
pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_02

Pelo menos 59 pessoas morreram e dezenas estão desaparecidas na costa sul da Grécia depois que um barco de pesca que transportava migrantes afundou, informaram órgãos locais nesta quarta-feira, 14. 

As autoridades disseram que 104 pessoas foram resgatadas até a publicação desta matéria, após o incidente noturno a cerca de 75 quilômetros da região sul do Peloponeso. 

Quatro sobreviventes estavam em condição crítica, com sinais de hipotermia, e foram transportadas de helicóptero para um hospital de Kalamata, no sul do Peloponeso.

A embarcação, que estava com centenas de migrantes de acordo com uma fonte do Ministério das Migrações da Grécia, afundou em águas internacionais, próximo à costa grega.

As autoridades da Grécia informaram que, no momento do naufrágio, nenhuma pessoa a bordo usava colete salva-vidas. As nacionalidades das vítimas não foram divulgadas.

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_03

Seis navios da guarda costeira, uma fragata da Marinha, um avião de transporte militar, um helicóptero da força aérea, várias embarcações privadas e um drone da agência de proteção de fronteiras da União Europeia, Frontex, estão participando das buscas.

Acredita-se que o barco com destino à Itália partiu da área de Tobruk, no leste da Líbia. Um avião de vigilância da agência europeia Frontex detectou a presença da embarcação na tarde de terça-feira, 13, mas os passageiros "rejeitaram a ajuda", de acordo com um comunicado divulgado pelas autoridades portuárias gregas.

No porto de Kalamata, no sul, dezenas de migrantes resgatados foram levados para áreas protegidas montadas pelos serviços de ambulância e pela Agência das Nações Unidas para Refugiados para receberem roupas secas e atendimento médico.

As autoridades líbias lançaram uma grande repressão aos migrantes no início deste mês no leste do país. Ativistas disseram que vários milhares de migrantes, incluindo egípcios, sírios, sudaneses e paquistaneses, foram detidos. As autoridades líbias deportaram muitos egípcios para seu país de origem através de um ponto de passagem terrestre.

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_04

No oeste da Líbia, as autoridades invadiram centros de migrantes na capital, Trípoli, e em outras cidades nas últimas semanas. Pelo menos 1,8 mil migrantes foram detidos e levados para centros de detenção administrados pelo governo, de acordo com a agência de refugiados da ONU.

Veleiro rebocado

Também nesta quarta-feira, um veleiro em dificuldades, com 80 migrantes a bordo, que navegava nas proximidades de Creta também foi resgatado e rebocado pela Guarda Costeira até o porto de Kaloi Limenes, no sul da ilha, perto da Líbia, informou a polícia portuária grega.

Com uma longa fronteira marítima, a Grécia é uma rota frequente de imigrantes procedentes da vizinha Turquia. O país enfrenta crescentes tentativas de entrada por vias próximas das ilhas Cíclades a até o Peloponeso, para evitar as patrulhas no Mar Egeu, mais ao norte, cenário de muitos naufrágios, muitas vezes fatais. 

O país é acusado, com frequência, de rejeitar "ilegalmente" a presença de barcos de migrantes.

/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_FINAL_DA_MATERIA |
/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_FINAL_DA_MATERIA |

Nós utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento. Saiba mais sobre nossa Política de Privacidade.