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Excesso de velocidade da carreta foi o que causou acidente, diz PRF

Segundo a PRF, o bloco de granito transportado pelo veículo estava amarrado corretamente, tanto que a carreta tombou junto com a carga

Redação Folha Vitória
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Foto: Luana Damasceno/ TV Vitória
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A Polícia Rodoviária Federal (PRF) acredita que o excesso de velocidade do motorista da carreta envolvida no acidente que matou três pessoas de uma mesma família foi o fator causador da tragédia. A batida aconteceu na noite de segunda-feira (10), no trecho de Chapada Grande, na BR 101, na Serra.

Segundo a PRF, ainda não é possível saber a velocidade exata em que estava o caminhoneiro, já que o tacógrafo da carreta foi retirado pelos peritos da Polícia Civil. Tal informação só estará disponível no laudo da perícia. No entanto, de acordo com o inspetor da PRF, Valdo Lemos, as circunstâncias do acidente indicam que o condutor trafegava em alta velocidade.

"Devido à configuração da via - é um declive em curva - todo veículo que entra com excesso de velocidade e tendo uma carga, o seu centro de gravidade é mais alto e a possibilidade dele entrar na contramão e tombar, como aconteceu, é muito grande. É quase 99%. Portanto, a gente crava, sem medo de errar, que a velocidade foi o fator causador", afirmou Lemos.

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Ainda segundo o inspetor, foi verificado que o bloco de granito transportado pela carreta estava amarrado corretamente. "A carreta tombou e a carga tombou conjuntamente. A amarração estava ok. O que isso denota é que a amarração da carga estava dentro do que preceitua a norma, tanto que tombou junto. E aí o excesso de velocidade passa a ser, sem dúvida, a principal causa para o acontecimento dessa tragédia", destacou.

Com relação ao peso da carga, o inspetor informou que somente após a retirada do bloco de granito das margens da rodovia e de sua pesagem, será possível saber se houve excesso de peso. Segundo Lemos, a única irregularidade constatada na carreta, até o momento, é na sua documentação.

Alcoolemia

De acordo com o inspetor da PRF, o motorista da carreta foi submetido ao teste do bafômetro, que não indicou presença de álcool no sangue dele. No entanto, junto aos pertences do caminhoneiro foi encontrada uma substância conhecida como rebite, que inibe o sono do motorista e cujo uso é proibido.

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Além disso, durante a ocorrência, o caminhoneiro foi para o hospital e não retornou ao local do acidente. "Ele acabou, junto com um amigo, indo para o hospital para ser atendido, pois estava com lesões leves. Mas, ao sair do hospital, acabou evadindo-se. Ele não voltou para o local do acidente ou se apresentou a uma unidade policial", afirmou.

No entanto, a advogada do suspeito entrou em contato com a PRF e com a Polícia Civil e informou que ele se apresentará, nesta quarta-feira, na Delegacia de Delitos de Trânsito, que está conduzindo as investigações.

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