Prazo para venda das tradicionais lâmpadas incandescentes termina nesta terça
Mesmo mais caras, lâmpadas de LED são as mais vantajosas após a extinção das incandescentes. Os consumidores terão que escolher uma alternativa de iluminação para substituir as atuais
Termina nesta terça-feira (30) o prazo para o comércio vender as tradicionais lâmpadas incandescentes de 40W a 60W - aquelas amarelinhas que existem na casa de vários brasileiros. Ainda que os estoques existam nas lojas, o fim das incandescentes foi decretado por uma portaria do governo de 2010, que estabeleceu um cronograma para enterrar o produto até 2016.
Com a extinção das lâmpadas incandescentes de 60W, os consumidores terão que escolher uma alternativa de iluminação para substituir os atuais modelos. Os principais modelos disponíveis no mercado são as lâmpadas fluorescentes e de LED, ambas mais econômicas e com maior tempo de vida útil que as incandescentes.
No entanto, na opinião dos especialistas consultados pelo R7, a melhor opção é a troca pelos modelos de LED. O diretor técnico da Abilux (Associação Brasileira da Industria de Iluminação), Isac Roizenblatt, explica que os LEDs são “não são mais uma alternativa e, sim, a solução” para alcançar a eficiência energética.
Georges Blum, presidente da Abilumi (Associação Brasileira de Importadores de Produtos de Iluminação), também indica as lâmpadas LED. Ele explica que os modelos iluminam pelo menos 20% a mais do que as incandescentes e deixam a conta de luz mais barata. "A [lâmpada] LED é mais eficiente, porque, além de ela iluminar mais com a mesma quantidade de potência consumida, ela dura muito mais. São quatro vezes mais do que uma lâmpada econômica [fluorescente] e 25 vezes mais do que uma lâmpada incandescente".
Blum avalia que, apesar de ainda serem os modelos mais caros do mercado, os preços estão em queda média de 50% ao ano, o que faz com que o custo-benefício seja mais satisfatório. "Mais um ou dois anos, a lâmpada de LED vai custar o mesmo preço da lâmpada fluorescente. [...] Na maioria dos casos, em menos de dois anos, a economia feita pela escolha já paga [o custo da lâmpada]."
Roizenblatt afirma que os LEDs como lâmpadas, módulos ou luminárias devem representar cerca de 70% do faturamento do setor de iluminação até 2020.
Comparação
A pedido da reportagem do R7, a Abilux fez o cálculo de quanto custa substituir as lâmpadas incandescentes de 60 Watts de uma casa de sete cômodos. O cálculo leva em conta que o custo de energia com impostos, para um consumo em torno de 200 kWh/mês, está em R$ 0,63 por kWh e que a família vai utilizar, em média, 1.000 horas por ano em cada um dos pontos de instalação.
Lâmpada Incandescente: 10 lâmpadas x 0,060 kW x 1000 horas x 0,63 R$/kWh = R$ 378, mais R$ 30 do preço da lâmpada = R$ 411 total em um ano.
Lâmpada Fluorescente: 10 lâmpadas x 0,015 kW x 1000 horas x 0,63 R$/kWh = R$ 94,50 mais R$ 60 do preço das lâmpadas = R$ 150,50 total. Se o preço das lâmpadas for R$ 150, o custo total em um ano será de R$ 240,50.
Lâmpada de LED: 10 lâmpadas x 0,010 kW x 1000 horas x 0,63 R$/kWh = R$ 63, mais R$ 150 do preço das lâmpadas = R$ 213 em um ano. Se o preço for R$ 400, o custo total em um ano será R$ 463.
A partir do cálculo, Roizenblatt explica que, se considerar que a lâmpada incandescente dura apenas um ano, a fluorescente compacta entre seis e 15 anos e a de LED 25 anos, há “enormes vantagens” para o consumidor que optar pela troca já no primeiro ano.
Com informações do Portal R7