Professores fazem protesto em frente ao Ifes contra fechamento de turmas do EJA
Segundo um dos diretores Sindiupes Gean Carlos Nunes o ato serviu para denunciar o fechamento do curso de metalurgia/Proeja que acontecia no Ifes
Estudantes, pais, trabalhadores e entidades do movimento social realizaram, nesta terça-feira (23) um ato público contra o fechamento de turmas do Programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Espírito Santo. O protesto aconteceu nesta tarde em frente ao Portão Central do Ifes, em Vitória.
Segundo um dos diretores do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Espírito Santo (Sindiupes) Gean Carlos Nunes, o ato serviu para mostrar a indignação dos participantes e denunciar o fechamento do curso de metalurgia/Proeja, oferecido pelo Ifes, e o desrespeito ao direito à Educação de Jovens e Adultos.
“Estamos vendo uma política de fechamento das turmas do EJA, e isso vai contra a educação, além da demissão de professores e a diminuição da carga horária, estão tirando o direito de jovens e adultos de estudar. Temos mais de 300 mil analfabetos e iletrados no Espírito Santo”, comentou o diretor do Sindiupes
Na última segunda-feira (22), aconteceu uma reunião na Promotoria de Justiça de Vitória do Ministério Público Estadual sobre o fechamento e a junção de turmas do Programa EJA . Essa medida do Governo do Estado teve início nos meses de fevereiro e março deste ano e retornou com mais intensidade neste mês de junho, inclusive com a determinação da Secretaria Estadual de Educação (SEDU) para se juntar turmas de séries diferentes.
A assessoria de imprensa da Sedu negou fechamento de turmas do EJA pelo Governo do Estado. As turmas do Pro EJA são de responsabilidade do Governo Federal.
Por meio de nota, a assessoria do Ifes informou que o processo de extinção do Técnico em Metalurgia na modalidade Proeja está tramitando internamente e será avaliado posteriormente pelo Conselho Superior da instituição, que definirá se o curso será extinto ou não. A suspensão da oferta só ocorreria a partir do ano que vem, caso a extinção do curso se concretize. Se isso acontecer, a proposta do Campus Vitória é ofertar um novo curso na modalidade Proeja. Atualmente, 22% das vagas ofertadas pelo campus são nessa modalidade.