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Casos de intolerância religiosa são comuns no Estado, diz presidente da Federação Espírita

Dalva Silva Souza conta que instituições espíritas no norte do Estado e na Grande Vitória já foram apedrejados. No Rio, uma menina foi ferida ao sair de um culto de candomblé

Redação Folha Vitória
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Religiões afro-brasileiras, como o candomblé, são as que mais sofrem preconceito, segundo a presidente da Federação Espírita do Espírito Santo Foto: Divulgação

Casos de intolerância religiosa, como o que aconteceu no Rio de Janeiro, onde uma menina de 11 anos foi ferida com uma pedrada na cabeça, ao deixar um culto de candomblé, ainda acontecem no Espírito Santo. Quem garante é a presidente da Federação Espírita do Estado do Espírito Santo (Feees), Dalva Silva Souza.

Ela conta que recentemente uma instituição espírita foi apedrejada no município de Barra de São Francisco, no norte do Estado. Além disso, ela lembra que outro centro também foi depredado em Jacaraípe, na Serra, há alguns anos.

"O preconceito com outras religiões ainda existe, apesar de ter diminuído nos últimos anos. Talvez pelo fato de as pessoas terem mais acesso às informações, que estão disceminadas na internet, filmes e novelas", pondera.

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Segundo Dalva, o principal motivo do preconceito é a relação que muitas pessoas ainda fazem entre as entidades evocadas principalmente em religiões afro-brasileiras, como umbanda e candomblé, e espíritos malignos.

"Normalmente essa hostilidade ocorre mais por parte de pessoas de religião evangélica e católica, que acham que são feitos contatos com demônios. Mas essas entidades não são demônios nem anjos. Na interpretação espírita, são seres espirituais que já viveram na Terra, mas hoje pertencem a um mundo imaterial, onde não há corpos vivos. E todos nós temos a possibilidade de entrar em contato com eles. Só que como isso não ocorre nas religiões dessas pessoas, elas já associam isso a um fenômeno diabólico", explica.

Apedrejada

A menina de 11 anos foi ferida logo que deixou um culto de candomblé na Penha, zona norte do Rio de Janeiro. Segundo testemunhas, a menina foi atacada por evangélicos e foi vítima de intolerância religiosa. Com a pedrada, a jovem chegou a desmaiar e perder momentaneamente a memória.

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A ocorrência foi registrada na 38ª Delegacia de Polícia (Brás de Pina, na zona norte) como lesão corporal e prática de discriminação religiosa. Policiais buscam câmeras da região que tenham flagrado o crime.

Os autores da pedrada, que seriam dois homens, conseguiram fugir. Pouco antes da agressão, eles teriam xingado e provocado os adeptos do candomblé que estavam com a menina.

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