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Transcarioca começa a funcionar sem informações

No terminal Alvorada, a sinalização dos pontos é insuficiente, faltavam funcionários para orientar e informar os passageiros sobre o funcionamento

Redação Folha Vitória
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Rio - No primeiro dia de funcionamento do BRT , corredor exclusivo de ônibus que conecta a Barra da Tijuca (zona oeste) e o Aeroporto Internacional do Galeão, na Ilha do Governador (zona norte do Rio), faltavam sinalização e orientação para os usuários da principal obra de mobilidade urbana da capital fluminense, inaugurada no domingo, dia 1º, pela presidente Dilma Rousseff. A reportagem do Estado embarcou nesta segunda-feira, 2, em um dos ônibus articulados e percorreu trechos que ainda não estão em funcionamento. Até a Copa do Mundo, duas das sete linhas do BRT estarão prontas: a paradora Terminal Alvorada (na Barra)- Tanque (em Jacarepaguá) e a semi-direta Alvorada-Galeão (com uma parada na estação de metrô Vicente de Carvalho), que começa a circular nesta terça.

No terminal Alvorada, onde também circula o BRT Transoeste (Barra-Santa Cruz) a sinalização dos pontos é insuficiente, faltavam funcionários para orientar e informar os passageiros sobre o funcionamento e o trajeto do Transcarioca. Na fila para pagar a passagem, alguns usuários foram informados sobre o percurso pela reportagem do Estado. Moradora da Curicica (uma das estações do Transcarioca), a doméstica Josefa Silva, de 41 anos, não sabia que poderia usar o novo corredor de ônibus para chegar ao trabalho. "Não conhecia o trajeto. Amanhã (terça) vou fazer o teste e ver se é melhor para mim".

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Ao longo do percurso, feito em 45 minutos, havia muitas placas com orientações para motoristas, mas a sinalização para pedestres era insuficiente e, onde havia, desrespeitada. Motoristas de carros e pedestres não se intimidaram com a presença de guardas municipais e orientadores de trânsito: cruzaram em locais proibidos e atravessaram fora da faixa. Carros a serviço do BRT estacionaram nas estações Santa Efigênia e Tanque e atrapalhavam o funcionamento do corredor de ônibus.

A reportagem também percorreu o terminal Fundão, última estação antes do Galeão. Ainda em obras, não há placas de sinalização, os sinais de trânsito estavam apagados e já há rachaduras e pequenos buracos no asfalto. A um quilômetro do terminal, uma estreita passarela provisória na qual só passa uma pessoa por vez, substitui a larga rampa que chegava ao câmpus universitário.

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Instalada há uma semana, a passagem se tornou um desafio para pessoas com dificuldade de locomoção. Paciente do hospital universitário, a aposentada Maria Lindalva Meneses, de 71, foi pega de surpresa. "Só espero que essa marafunda (bagunça) termine logo", reclamou. Em nota, a secretaria municipal de Obras afirmou que as obras da Transcarioca estão finalizadas e que elabora um "check-list para que a construtora corrija possíveis imperfeições" e que o "Terminal do Fundão está entre os pontos que recebem ajustes e deve ser concluído até o fim de junho". Em relação a passarela, alunos, professores e pacientes do hospital terão que esperar até 40 dias pela estrutura definitiva.

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