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Caso Araceli completa 50 anos e história de crime bárbaro no ES vira livro

A menina tinha apenas 8 anos quando desapareceu em 18 de maio de 1973. O crime é considerado um dos mais emblemáticos do Espírito Santo

Gabriel Barros

Redação Folha Vitória
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Foto: Divulgação
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A trágica história da menina Araceli Cabrera completa 50 anos este mês. O crime bárbaro que ocorreu em Vitória e chocou o país na década de 1970 virou livro. A obra "O caso Araceli: mistérios, abusos e impunidade" será lançada no próximo dia 17, na Capital. 

Nas páginas do livro, os jornalistas FelipeCapital. Quintino e Katilaine Chagas reconstituem os fatos e desdobramentos que marcaram o desaparecimento de Araceli e falam sobre as lembranças, protestos e usos políticos que reverberam até os dias atuais.

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A menina tinha apenas 8 anos quando desapareceu em 18 de maio de 1973. A data se tornou símbolo de luta contra violência infanto-juvenil e deu origem ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e a Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes.

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Os jornalistas e escritores trazem fatos inéditos, estratégias das defesas, entrevista com parentes da vítima e outras informações compiladas após terem acesso ao processo judicial de 33 volumes e mais de 12 mil páginas. Eles se debruçarem durante dois anos em arquivos de matérias, reportagens, documentos e imagens.

O caso Araceli sempre me intrigou muito. Ele teve repercussão nacional, chegou a ser tema de peça teatral, de romance-reportagem e do Globo Repórter. Uma trama complexa que culminou em arquivamento. Então, o livro vem para ajudar na luta contra o esquecimento desse assassinato brutal e para chamar a atenção para a violência contra crianças e adolescentes, que ainda faz diversas vítimas diariamente”, comentou Felipe Quintino.

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Katilaine destaca que Araceli e sua família foram vítimas pelo menos duas vezes. A primeira com a morte violenta da menina e a segunda quando deixaram o crime atravessar as décadas impune. 

Então que pelo menos esse caso seja contado e recontado quantas vezes forem necessárias para marcar a importância de não se banalizar os dados de violência contra crianças e adolescentes e, principalmente, de protegê-los de uma cultura que permite que casos como o dela ainda se repitam”, pontuou.

Considerado um dos casos mais emblemáticos da história judicial brasileira, o crime que ocorreu no Espírito Santo durante a ditadura militar é marcado por boatos, pressões, omissões e denúncias de destruição de provas. 

A obra que revive este triste momento da história capixaba será lançado no próximo dia 17, às 19h, na Livraria Leitura, no Shopping Vitória.

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