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Pesquisa realizada por meio de esgoto pode apontar circulação da covid-19 no Espírito Santo

Próximo passo da pesquisa é aplicar a técnica em amostras de esgoto de valões e estações de tratamento

Redação Folha Vitória
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Foto: Reprodução TV Vitória
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Pesquisadores capixabas querem saber por onde o novo coronavírus circula. Para isso, pesquisas estão sendo realizadas por meio do esgoto, que pode identificar, inclusive, a variante de Manaus. Seria esta uma nova forma de fazer inquéritos epidemiológicos.

Semana após semana, pesquisadores do Centro de Pesquisa, Inovação e Desenvolvimento (CPID) do Estado coletam amostras de esgoto de hospitais da Grande Vitória. O trabalho é realizado desde outubro para verificar a presença do novo coronavírus.

"Em todo esgoto você pode calcular a população associada. Então, com base nisso, podemos estimar os percentuais de contaminação daquela população referente aquele esgoto", explicou o coordenador do CPID e professor de engenharia ambiental da Ufes, Sérvio Tulio Cassini.

De acordo com o professor, o objetivo da análise das amostras é saber se a metodologia utilizada pelos pesquisadores é mesmo capaz de reconhecer o material genético do novo coronavírus. Ou seja, validar a técnica utilizada. "Primeiro a gente pasteuriza, para não ter problema de manipulação. Depois coloca nos tubos de centrifugação, centrifuga e levamos para para a máquina de PCR. Essa máquina faz análises quantitativas das particulas virais presentes na amostra".

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Por meio de algoritmos utilizados por cientistas do mundo todo, dá pra saber a quantidade de partículas de material genético do novo coronavírus presente nas amostras. E a partir daí saber quantas pessoas estariam infectadas na região da coleta.

O próximo passo da pesquisa é aplicar a técnica em amostras de esgoto de valões e estações de tratamento. Dessa forma será possível saber por onde o coronavírus está circulando com mais ou menos força. Como nos inquéritos epidemiológicos.

No início da pandemia, agentes de saúde faziam testes de identificação de anticorpos contra a covid 19 em regiões estratégias, para saber se os moradores já tinham sido infectados. Os pesquisadores do CPID querem fazer isso por meio do esgoto. "Sabendo que tal região está mais infectada do que outra, dá para colocar um maior poder de vacinação naquela área, deslocar maior pessoal para atendimento", sugeriu o professor.

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Os pesquisadores afirmam que a técnica utilizada é capaz de identificar a presença da variante P.1, de Manaus. Como ocorreu no final de abril com amostras de esgoto do Hospital Jayme Santos Neves, na Serra. Referência no tratamento de Covid 19. "A estimativa que fazemos é em torno de 30% das amostras positivas do Jayme é devido a P.1", disse o professor.

O coordenador do CPID informou, ainda, que a presença do novo coronavírus no esgoto nao deve ser motivo de preocupação para a população. É que em contato com outros materiais e substâncias descartadas, o vírus acaba sendo fragmentado.

*Com informações da repórter Fernanda Batista, da TV Vitória/Record TV


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