Em tempos de pandemia, é preciso se reinventar! A Defensoria Pública do Espírito Santo, por exemplo, tem realizado o atendimento por meio de um aplicativo de mensagens. Até o momento, cerca de 15 mil pessoas já foram atendidas.

Durante a pandemia do novo coronavírus, muitas pessoas têm enfrentado problemas financeiros e precisam de ajuda. A comerciante Dineildes Guerra dos Santos tem um quiosque de açaí na Rodoviária de Vitória e, há quase dois meses sem poder trabalhar, enfrentou dificuldades para pagar o aluguel do estabelecimento. Por isso, precisou pedir ajuda à Defensoria, que presta auxílio judicial gratuito às pessoas que não têm condições que arcar com os custos de um processo.  

"Devido à pandemia, eu não pude trabalhar e não tiver recurso para pagar o valor integral do aluguel. Eu pedi para a administração para parcelar o pagamento, mas não aceitaram. Disseram que eu tinha que pagar o valor integral. Sem dinheiro, precisei recorrer à Defensoria para tentar negociar", disse.

A comerciante não é a única. Milhares de capixabas estão buscado a Defensoria para ajudar a solucionar questões judiciais. Desde o dia 23 de março, o atendimento presencial está suspenso. Desde então, o órgão atende a população por meio de números de WhatsApp.

De acordo com o defensor público Saulo Couto, cerca de 15 mil pessoas já foram atendidas, todas por meio do aplicativo. "A pessoa pode entrar em contato com a defensoria por meio do aplicativo. Após o recebimento do contato, é solicitado os documentos e o motivo da demanda. Estamos avaliando continuar este tipo de atendimento após a pandemia", explica. 

Segundo Saulo, a maior parte das demandas está relacionadas à questões familiares, como pedidos de pensão alimentícia, execução de pagamento e ações de divórcio.

Para conseguir atendimento, o cidadão entra em contato pelo aplicativo, por meio dos números (27) 99647-8834 e (27) 99837-4549. Para agilizar o atendimento, a pessoa deve escolher um dos números e passar o nome completo, nome da mãe e pai, o número do RG e CPF, o endereço, o município de residência e o motivo pelo qual precisa de ajuda. Depois de analisada, a demanda é encaminhada para um defensor público.

*Com informações da repórter da TV Vitória/Record TV, Milena Martins.