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'Foi Deus que fez estarmos aqui', diz vizinha que socorreu bebê jogado de janela

Conforme a polícia, Fernanda estava transtornada, portando duas facas, dizendo que iria pular. Policiais tentaram acalmá-la, mas ela ateou fogo no apartamento

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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Foto: Reprodução/TV Record
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Nadia e o marido entravam na garagem do prédio, na Avenida Corifeu de Azevedo Marques, na região do Jaguaré, zona oeste de São Paulo, quando ouviram um barulho do choque de algo pesado contra o para-brisa do carro. Eles não podiam imaginar que era uma criança de três anos, enrolada em lençóis, que havia sido supostamente jogada pela própria mãe pela janela.

"Foi Deus que fez a gente estar aqui exatamente neste horário", disse Nadia, que voltada do supermercado, junto do marido, Carlos Roberto. A criança atingiu o automóvel, quicou e depois caiu no chão, a mais ou menos um metro de distância do veículo. Ele pegou a menina e deixou no colo de Nadia, que é cadeirante. "Ela estava assustada, sem entender o que estava acontecendo. Mas eu consegui acalmá-la", disse a mulher, que ficou com a garota até a chegada dos bombeiros.

De acordo com a Polícia Civil, a mãe, a estudante Fernanda Fernandes Garcia, de 29 anos, cortou a tela de proteção da janela e atirou a filha por volta de 0h20, do quinto andar do edifício. A menina estaria dormindo quando foi arremessada pela janela.

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A mulher passou cerca de uma hora trancada no próprio apartamento e ateou fogo às cortinas. Ainda conforme a polícia, Fernanda estava transtornada, portando duas facas, dizendo que iria pular. Policiais tentaram acalmá-la, mas ela ateou fogo no apartamento, incendiando as cortinas. Assim que os bombeiros entraram no imóvel, Fernanda se jogou pela janela.

"Graças a Deus ela (a criança) passa bem", afirmou Nadia, que mora no quarto andar do prédio, mas não conhecia Fernanda nem a filha. A mãe foi indiciada por tentativa de homicídio e incêndio. O boletim de ocorrência foi registrado pelo 91º DP (Ceasa).

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