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Governador cria grupo que avaliará medidas para transferência da Polícia Civil

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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O governador de São Paulo, Márcio França (PSB), instituiu nesta sexta-feira, 25, por decreto, um grupo de trabalho visando ao "estudo e identificação das medidas necessárias para implementar a transferência da Polícia Civil e da Superintendência da Polícia Técnico-científica" da Secretaria da Segurança Pública para a pasta da Justiça e da Defesa da Cidadania. A criação do grupo é mais uma sinalização da administração estadual no sentido de concretizar a transferência, que poderá necessitar de um aval da Assembleia Legislativa.

O decreto 63.420/18 prevê que o grupo será composto por servidores das secretarias da Segurança Pública, da Justiça, da Procuradoria-geral do Estado, da Polícia Militar, da Polícia Civil, da Superintendência da Polícia Técnico-científica, além de representantes de entidades de classe das categorias envolvidas. Em até 90 dias, o grupo deverá apresentar relatório de conclusão dos estudos. As análises deverão englobar o inventário dos bens móveis e imóveis, equipamentos e acervo dos órgãos que poderão ser transferidos, além da identificação de cargos e funções envolvidos.

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A transferência começou a ser cogitada quando Márcio França assumiu o cargo de governador, em 6 de abril, e ganhou apoio de associações de delegados e do próprio delegado-geral, Júlio Guebert, e do secretário da Segurança, Mágino Alves Barbosa Filho. Organizações da sociedade civil criticaram a possibilidade de transferência, dizendo que a medida poderá afetar a tentativa de integração nas atividades de segurança entre as polícias, já que a PM deverá permanecer na pasta da Segurança Pública.

O estudo do grupo de trabalho deverá compor um projeto de lei complementar a ser enviado por França à Assembleia, já que o governo desistiu de fazer a alteração por decreto e indicou que a transferência precisa do aval dos deputados estaduais. Isso, no entanto, ainda não tem prazo para ocorrer.

Defesa

Delegados que defendem a mudança afirmam que o inquérito - ato policial que investiga uma suspeita de crime - é a base do processo criminal e, portanto, o contato com o Judiciário e o Ministério Público integra a rotina desses agentes. A pasta da Justiça, acrescentam as organizações de classe, se define como órgão que mantém essas relações institucionais judiciárias.

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Além disso, os servidores esperam maiores investimentos ao se tornarem protagonistas de uma secretaria. Em 2017, o orçamento executado da Polícia Civil representou R$ 3,5 bilhões, enquanto que o da Polícia Militar, que conta com quase o triplo de policiais, chegou a R$ 13,8 bilhões. Uma mudança alteraria o funcionamento da Secretaria da Justiça, que tem entre os seus órgãos o Procon e o Ipem, e consome anualmente R$ 1,8 bilhão, metade do que é gasto com os policiais civis.

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