A evolução da fotografia: da caixa ao celular
O projeto Conexão Folha Vitória visa parcerias com instituições de ensino e disponibiliza espaços para troca de experiências entre acadêmicos e profissionais da área jornalística. Nessa 1ª série de reportagens os alunos de comunicação da Faesa abordam temas que impactam o jornalismo atual.
Reportagem: Carolina Vieira - aluna 7º período
Encontrada em diversas áreas, a arte também está presente na comunicação. Em uma matéria jornalística o que não falta são elementos artísticos, seja na TV, no impresso ou na web. Mas o que pode ser considerado arte?
Para o artista plástico e professor, Emílio Aceti, arte é comunicação, “toda e qualquer tipo de arte é uma forma de se comunicar. Se você encarar a arte como uma forma de expressão, através da dança, da música, da imagem, você vai estar se comunicando”, analisa o professor de Arte e Comunicação.
Segundo o artista, desde o planejamento visual da página impressa, as cores que são utilizadas à parte literária, gráfica e imagética, tudo pode ser considerado arte. Para ele, “imaginar um jornal sem imagens, é uma coisa impossível. É, inclusive, a primeira coisa que você vê em um jornal”.
Zanete Dadalto, fotojornalista, conta o papel da fotografia no jornalismo, “além da função documental, de atestar que aquilo aconteceu, a foto bem composta, de um olhar mais sensível, ela vai atrair o olhar do espectador para a matéria, para a notícia. O primeiro impacto que o leitor tem com o jornal é com o visual, e a melhor maneira de provocar isso é através de sensibilizar para o belo, para o prazer estético. A arte nesse sentido, cumpre esse papel”.
Para a fotógrafa, que também é professora do curso de Comunicação Social, o fotojornalista também pode fazer arte, desde que ele consiga se aliar à capacidade da expressão para poder destacar uma informação.
E com a evolução da fotografia, evoluiu junto o fotojornalismo. A cada nova câmera, um jeito diferente, e mais fácil, de registrar momentos importantes. Possibilitando a participação dos telespectadores, que também possuem o alcance de informar por meio da imagem.
Estampada em charges, infográficos, e até mesmo em gifs e memes, a arte pode informar de maneiras variadas. Sendo uma forma de descontrair determinados assuntos, o que pode deixar uma matéria mais leve e menos cansativa.
Arte Funcional
E nem só de subjetividade vive a arte, “ela também é uma coisa funcional, então ela pode ter uma finalidade útil”, afirma Aceti. E entre a comunicação, a publicidade é um exemplo de arte funcional.
Segundo o publicitário Victor Mazzei, não tem como negar o título de “arte funcional” que a sua profissão carrega, “é muita pretensão você querer usar uma ferramenta como a publicidade, e falar que tem uma função artística. A gente utiliza a arte para persuadir, para chamar a atenção, o que não impede de ser encarado como arte”.