/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_TOPO |
Geral

Prefeitura de São Paulo quer demitir servidor que não explicar enriquecimento

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
audima
audima
pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_02

São Paulo - A Prefeitura de São Paulo quer passar a demitir funcionários que não conseguirem explicar a evolução patrimonial ou que não seguirem as regras de Código de Ética que será criado pela administração municipal. As novas determinações fazem parte de um pacote anticorrupção anunciado nesta terça-feira, 26, pelo prefeito Fernando Haddad (PT).

O prefeito informou que enviará nesta terça-feira, 26, à Câmara Municipal projeto de lei que altera o Estatuto do Servidor para permitir, entre outras coisas, a demissão de servidores que tiverem enriquecimento ilícito, mesmo que não fique comprovada relação da evolução patrimonial com atuação irregular na administração municipal. "Independentemente de ser comprovado o vínculo entre um ato de corrupção e o enriquecimento. Mesmo não havendo essa conexão demonstrada, não cabe no serviço público um servidor que não consegue explicar sua evolução patrimonial", disse Haddad.

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_03

Sistema criado pela Controladoria Geral do Município (CGM) no ano passado obriga os 160 mil funcionários da Prefeitura a declararem todos os bens.

Além do projeto de lei, a Prefeitura publica nesta quarta-feira, 27, no Diário Oficial da Cidade, decreto que cria um Código de Ética para os servidores municipais. Entre os deveres dos servidores previstos no documento estão "denunciar às autoridades competentes a existência de pressões de superiores ou contratantes que busquem favores, benesses ou vantagens decorrentes de ações ilegais, imorais ou antiéticas". Prevê ainda a proibição do recebimento de brindes com valor acima de R$ 100.

O código ainda proíbe os servidores de prestarem serviços a pessoas ou empresas que tenham interesses em negócios da Prefeitura ou vazarem informações sigilosas. "O código de ética vai para além da ilegalidade, ele atua no campo da moralidade", afirmou o prefeito.

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_04

Os servidores municipais ficam proibidos ainda de utilizar viagens de trabalho para a participação em eventos político-eleitorais. Todas as mudanças valem também para prefeito, vice-prefeito e secretários.

Balanço

No evento de anúncio do pacote anticorrupção, que marca os dois anos da criação da CGM, o prefeito apresentou ainda um balanço das ações do órgão no combate a irregularidades.

De acordo com dados da Prefeitura, por meio de investigações da Controladoria, a administração conseguiu garantir a recuperação de R$ 270 milhões desviados dos cofres municipais. Desse montante, cerca de R$ 100 milhões já foram devolvidos e incorporados de volta como receita.

Fazem parte desse valor os recursos recuperados do esquema da máfia do ISS (R$ 190 milhões) e de auditorias feitas pela CGM nas secretarias (R$ 80 milhões).

/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_FINAL_DA_MATERIA |
/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_FINAL_DA_MATERIA |

Nós utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento. Saiba mais sobre nossa Política de Privacidade.