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Geral

Em 4 meses de 2015, casos de dengue no Rio triplicam em relação ao 2014 inteiro

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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Rio - O número de casos de dengue registrados no Estado do Rio no primeiro quadrimestre do ano somou o triplo do total de notificações em 2014. De 1º de janeiro a 28 de abril, a Secretaria Estadual de Saúde identificou 21.706 casos da doença. Quatro mortes ocorreram em Resende, a 146 quilômetros da capital fluminense. Uma pessoa morreu em Miracema, a 271 quilômetros do Rio. No ano passado, houve registro de 7.819 casos de dengue, com dez mortes.

Pela classificação da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Rio ainda não vive epidemia de dengue - quando a incidência é igual ou maior a 300 casos em 100 mil habitantes. Há, no entanto, epidemia concentrada principalmente na região do Médio Paraíba, segundo a Superintendência de Vigilância Epidemiológica e Ambiental e a Secretaria de Estado de Saúde. As cidades de Itatiaia, Resende, Quatis, Porto Real e Mendes estão em epidemia de dengue.

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Na capital, seis áreas são classificadas com nível de alerta para transmissão da dengue pelo projeto Info Dengue, parceria entre Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Fundação Getulio Vargas (FGV) e Secretaria Municipal de Saúde. Zona sul, Bonsucesso, Madureira (ambos na zona norte), Bangu, Campo Grande, Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes e Jacarepaguá (todos na zona oeste) têm incidência pronunciada da doença.

As regiões de Santa Cruz (zona oeste), Tijuca, Méier (zona norte) e Centro estão classificadas no nível de atenção, quando as condições climáticas propiciam a reprodução do mosquito Aedes Aegypti, mas não há transmissão significativa da doença. As categorias de baixo risco, atenção, transmissão e epidemia são definidas com base nos números de novos casos semanais de dengue, informações climáticas e menções da doença nas redes sociais.

Vacina

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Não há data de início da aplicação de vacina contra a dengue em desenvolvimento pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). A vacina conseguiu proteger todos os camundongos testados. Diferentemente de outras pesquisas, especialistas empregam técnica que alia duas formas de imunização: uma estimula a produção de anticorpos, outra usa parte do DNA do vírus da dengue.

A combinação visa evitar riscos associados a formas mais graves da dengue, quando a pessoa já foi infectada anteriormente. Nesses casos, os anticorpos produzidos para combater a infecção anterior favorecem a replicação do vírus em novo caso de dengue, diz a bióloga Ada Alves, que lidera o estudo.

Além disso, em nova infecção pela doença, há mais probabilidade de produção descontrolada de proteínas, o que ameaça tecidos e gera hemorragias. "Por esses motivos, vacina contra a dengue que não seja 100% segura e eficaz contra todos os sorotipos pode colocar em risco a vida das pessoas", disse Ada. A próxima fase da pesquisa, com testes em primatas, ainda não tem previsão.

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No domingo, 3, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, disse que uma vacina contra a dengue não estará disponível em curto prazo. Chamou de "equivocada" a "esperança" de que haverá vacina contra a doença em semanas ou meses. Outra vacina contra a dengue é desenvolvida pelo Instituto Butantã, mas ainda depende de aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para entrar na última fase, com testes clínicos.

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