Pão francês deixa de ser o "vilão” na guerra dos carboidratos

Pão francês, pão de sal... São muitos os nomes para um alimento de crocância e sabor inigualáveis. Mas, por muitos anos, o pão foi visto como o grande “vilão das dietas” e chegou até mesmo a ser substituído por outros tipos de carboidratos, como a tapioca.

Mas o que muita gente não sabe é que o pãozinho, consumido na maioria das casas durante o café da manhã dos brasileiros, possui nutrientes que fazem bem ao organismo.

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“Pão é uma excelente fonte de energia”, diz nutricionista 

Segundo a nutricionista Tathielly Polezes, o pão é uma excelente fonte de energia por conta dos carboidratos presentes na farinha de trigo.

“É fonte de vitaminas do complexo B, como a niacina e o ácido fólico. Elas desempenham um papel importante no metabolismo e na saúde do sistema nervoso”, destaca a nutricionista. 

Além disso, quando preparado com farinha integral, ele oferta ainda mais fibras do que a refinada. “As fibras auxiliam na digestão e promovem a saúde intestinal, além de ajudar a controlar os níveis de açúcar no sangue”.

Comparações entre o pão e a tapioca

A nutricionista também explica que, na comparação com a tapioca, independentemente da farinha utilizada, o pão francês tem a tendência de ter mais fibras e proteínas. “A tapioca é mais leve e isenta de glúten, sendo muito utilizada para quem tem restrições alimentares”.

Tathielly Polezes ressalta que para manter uma dieta equilibrada, é importante considerar o tamanho das porções. A avaliação é feita individualmente. “Sugiro completar com proteínas magras, como ovos ou peito de frango, para maior saciedade e uma refeição completa”. 

Comparações nutricionais entre os alimentos

Pão francês 

Tapioca 

O jornalista Marcos Barcelos, 30 anos, não abre mão do pão francês no café da manhã:

"Consumo uma vez ao dia, de domingo a domingo. Não abro mão, especialmente logo ao amanhecer. Dá outra energia para o dia", disse o jornalista.

Trigo de qualidade faz a diferença no pão

Para fazer um pão de qualidade também é necessário ter matéria-prima de primeira linha. No Espírito Santo, a Buaiz Alimentos é responsável pelo único moinho de onde sai a maioria do trigo utilizado pelas padarias capixabas.

A vice-presidente da Buaiz Alimentos, Eduarda Buaiz, explica que a atuação da empresa tem sido cada vez mais focada em atingir a excelência na produção, com desenvolvimento de produtos inovadores.

“Nosso diferencial começa desde o início do processo, com a compra do trigo de altíssima qualidade do grão. Ele chega na Buaiz Alimentos pela Recepção de Grãos, onde é destinado aos 10 silos que temos com capacidade para armazenar 10,5 mil toneladas", afirma Eduarda.

Ela também destaca que, mensalmente, são 13 mil toneladas de grãos que passam pela moagem e são transformados em farinha de trigo. “Investimos permanentemente em estudos e pesquisas para garantir a qualidade da nossa farinha de trigo e sua aplicabilidade para diferentes produtos”.

Segundo o responsável técnico de pesquisa e desenvolvimento de produtos da Buaiz Alimentos, Antônio Alves da Silva Junior, cada farinha tem uma indicação apropriada para um preparo específico.

"Na linha industrial, temos a Pré-Massa Pão Francês com Fibras, que tem a finalidade de produzir pães do tipo francês e baguetes, enriquecidas com fibras de trigo e seus nutrientes, e a Pré-Massa Pão Integral, destinada à produção de pães com baixo teor de açúcar, aliada aos benefícios das fibras e nutrientes da farinha integral, sem perder o sabor e a maciez", ressalta. 

Números no Espírito Santo 

De acordo com o Sindicato da Indústria da Panificação e Confeitaria do Espírito Santo (Sindipães), o Estado é responsável por 10% do consumo de pão francês no Brasil. “Atualmente, no país, o consumo de pão por pessoa é de 31 quilos ao ano. Já no Estado, são consumidas 235 mil toneladas de pão francês por ano”.

O Sindipaes também ressalta a importância do alimento para a economia e para a população.

"É um produto de grande importância para a economia e para a população. O pão francês é acessível financeiramente falando. Está presente na mesa de pobres e ricos; nutritivo e está sempre acessível ao consumidor, devido a padaria ser uma pequena indústria de transformação muito presente nos bairros", informou. 

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