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CASO KAUÃ E JOAQUIM

Com atraso de mais de 1h, defesa de Georgeval entra em plenário com colete à prova de balas

O uso do colete tem relação com o pedido de adiamento do Júri. Isso porque o advogado do acusado teria alegado falta de segurança para ele e Georgeval

Isabella Arruda

Redação Folha Vitória
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Foto: Suellen Araujo/TV Vitória
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Com mais de uma hora de atraso, o julgamento de Georgeval Alves, acusado de ter ceifado as vidas do filho Joaquim Alves, de 3 anos, e do enteado Kauã Butkovsky, de 6, em 21 de abril de 2018, tem início com o sorteio do corpo de jurados. 

O advogado de defesa do réu, Pedro Henrique Souza Ramos, entrou em plenário vestindo colete à prova de balas. A recomendação veio da OAB-ES. 

LEIA TAMBÉM: >> Associação nacional sugere que advogados de Georgeval abandonem júri no primeiro dia

Por volta das 10h15, houve a chamada para sorteio dos jurados, sendo que sete devem compor o Conselho de Sentença. 

Alguns minutos depois, todos os jurados já estavam presentes para o sorteio. Com o resultado, cada parte - acusação e defesa - podem rejeitar até três pessoas.

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O uso do colete tem relação com o pedido de adiamento do Júri Popular. Isso porque o advogado do acusado teria alegado falta de segurança para ele e Georgeval, com existência de ameaças, laudo psiquiátrico, entre outras motivações.

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Entre outras alegações da defesa para sustentar a justificativa do adiamento, esteve o pedido de substituição de uma das testemunhas que, pelo fato de não morar no Espírito Santo, não poderia comparecer ao julgamento. O pedido, no entanto, foi negado pelo juiz.

Essa não foi a primeira vez que a defesa de Georgeval pediu o adiamento do júri popular. Inicialmente, o julgamento, marcado para março deste ano, teve outro pedido de adiamento no início de fevereiro. À ocasião, os advogados pediram que o desfecho do processo fosse adiado para abril.

Georgeval será submetido a júri por crime cometido em 2018

O júri popular teve início nesta segunda-feira (3), no Fórum Desembargador Mendes Wanderley, em Linhares, sob a presidência do juiz da 1ª Vara Criminal, Tiago Fávaro Camata.

Georgeval vai a júri popular quase cinco anos após o crime em que é acusado de ter estuprado e matado o próprio filho e o enteado. Tudo teria acontecido no dia 21 de abril de 2018, por volta das 2h, na casa onde moravam o réu e as vítimas, no centro de Linhares.

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Contra ele pesam os crimes de duplo homicídio qualificado, estupros de vulneráveis e tortura. O caso causou muita comoção no Espírito Santo, tornando o julgamento do ex-pastor um dos mais esperados dos últimos tempos.

Diante da complexidade do caso, cujos indícios apontam para a presença de requintes de crueldade, é possível que o julgamento se estenda por dias, na avaliação de especialistas.

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