Chatbots podem ser utilizados em startups de saúde
Marcio Mantovani, CEO da Clude Saúde, fala sobre a tecnologia na área da saúde e explica como a relação entre chatbots e healthtechs pode melhorar a experiência dos pacientes
O número de healthtechs aumentou 16,11% no Brasil entre 2019 e 2022, conforme balanço desenvolvido pela Liga Ventures em parceria com a PwC Brasil.
Os dados integram o levantamento “Evolução das startups no setor de saúde”, que traçou um panorama das iniciativas do segmento, que inclui centros de medicina diagnóstica, hospitais, laboratórios farmacêuticos e operadoras.
Na análise de Marcio Mantovani, CEO do Clude Saúde, o fenômeno é resultado da crescente digitalização das relações sociais, humanas e comerciais que vem impulsionando a inovação tecnológica em diversas áreas, incluindo a saúde.
“A tecnologia está se tornando cada vez mais integrada em nossas vidas cotidianas, o que permite que a saúde digital ofereça serviços acessíveis, convenientes e personalizados aos usuários”, afirma Mantovani.
O especialista conta que a digitalização permite que as healthtechs coletem e armazenem dados de saúde dos pacientes, permitindo a análise dos dados para detectar tendências e padrões - o que pode ajudar a prever e prevenir doenças, melhorar o tratamento e a eficácia de medicamentos, além de proporcionar um atendimento mais personalizado aos pacientes.
“A digitalização também permite o uso de chatbots, inteligência artificial e outras tecnologias para fornecer atendimento aos clientes e pacientes 24 horas por dia, sete dias por semana, e reduzir o tempo de espera em filas e ligações”, acrescenta.
Além disso, Mantovani destaca que a digitalização da saúde trouxe à tona a telemedicina, que oferece serviços médicos remotos, incluindo consultas, diagnósticos e prescrições de medicamentos, e facilitou a pesquisa médica. “A tecnologia possibilita que pesquisadores coletem dados de pacientes em todo o mundo, o que acelera a descoberta de novos tratamentos e medicamentos”.
O empresário observa que os chatbots, de uma maneira específica, podem ser utilizados para melhorar a experiência dos clientes e pacientes de diversas maneiras, oferecendo atendimento rápido, eficiente e personalizado - o que pode levar a uma maior satisfação e fidelidade à marca da healthtech. Ele apresenta os principais recursos que as startups de saúde podem explorar com o uso de chatbots nos tópicos a seguir:
- Triagem: a ferramenta pode ser programada para fazer perguntas sobre os sintomas de um paciente e ajudar a determinar se é necessário buscar atendimento médico urgente ou se a pessoa pode agendar uma consulta para uma data posterior;pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_05
- Agendamento: o robô pode ser integrado a sistemas de agendamento de consultas para permitir que os pacientes marquem consultas com mais facilidade e rapidez;
- Respostas a perguntas frequentes: chatbots podem ser programados para fornecer respostas rápidas a perguntas frequentes, como horários de funcionamento da clínica, requisitos para agendamento de exames, entre outros;
- Acompanhamento: as soluções podem ser utilizadas para acompanhar o estado de saúde de pacientes, enviando lembretes de medicação, perguntando sobre sintomas ou reações a tratamentos, e dando dicas sobre hábitos de vida saudável;
- Suporte emocional: o recurso pode ser programado para dar suporte emocional, oferecendo palavras de encorajamento, dicas de relaxamento e direcionando-os a recursos de ajuda em caso de necessidade.pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_06
Quais são as melhores estratégias para usar chatbots?
De acordo com Mantovani, com as estratégias certas, as healthtechs podem aproveitar ao máximo os benefícios dos chatbots e fornecer uma experiência melhor e mais eficiente para seus clientes e pacientes. Para implementar os robôs em um healtech de forma eficiente, algumas estratégias podem ser úteis:
- Objetivos: antes de implementar um chatbot, é importante definir quais são os objetivos da ferramenta e como ela pode ser útil para os clientes. É preciso avaliar as necessidades dos pacientes e como um chatbot pode ajudar a atendê-las.pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_07
- Plataforma: existem vários chatbots disponíveis no mercado. É necessário avaliar qual plataforma atende melhor às necessidades da healthtech e dos pacientes;
- Personalização: as respostas dos chatbots devem ser personalizadas para atender às necessidades específicas dos clientes. Isso pode ser feito através da criação de um banco de dados com as perguntas mais frequentes e respostas apropriadas;
- Integração: os chatbots podem ser integrados com sistemas existentes, como o sistema de agendamento de consultas ou o de registro de saúde eletrônico, para melhorar a eficiência do atendimento;
- Teste e otimização: é importante testar o chatbot e otimizá-lo continuamente com base no feedback dos clientes. Isso pode ajudar a identificar áreas que precisam de melhoria e aperfeiçoar a experiência do usuário.
Para Mantovani, as inovações podem ajudar a reduzir custos e aumentar a eficiência de todo o sistema de saúde. A tecnologia pode ser usada para monitorar pacientes remotamente, evitando hospitalizações desnecessárias e reduzindo os custos associados aos cuidados de saúde.
Para concluir, o CEO do Clude Saúde observa que a tecnologia não pode substituir o cuidado humano na área da saúde. “É essencial que haja um equilíbrio entre o uso da tecnologia e a interação pessoal entre pacientes e profissionais de saúde”, diz ele.
Para mais informações, basta acessar: https://clude.com.br/