VACINAÇÃO NO ESPÍRITO SANTO

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Geral

Sem condições de aplicar segunda dose da Coronavac, governo do ES pede envio de vacinas extras

Falta de doses do imunizante se tornou um problema desde a semana passada, quando o Espírito Santo recebeu um carregamento muito menor que o habitual

Redação Folha Vitória
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Foto: sesa
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Com uma quantidade insuficiente para aplicar a segunda dose da Coronavac — vacina contra a covid-19 desenvolvida pelo Instituto Butantan, em parceria com o laboratório chinês Sinovac — na população, o governo do Espírito Santo pediu ao Ministério da Saúde o envio de doses complementares, para dar continuidade à imunização no estado.

A falta de doses da Coronavac para a aplicação da segunda dosagem na população que já recebeu a primeira se tornou um problema desde a semana passada, quando o Espírito Santo recebeu um carregamento da vacina muito menor do que o habitual. O governo do Estado vinha cumprindo uma determinação do Ministério da Saúde de usar todas as vacinas recebidas na aplicação da primeira dose.

"O Ministério da Saúde, em determinadas remessas, definiu que todas as remessas da Coronavac deveriam ser utilizadas como aplicação de primeira dose, e com o compromisso da remessa da segunda dose correspondente", destacou o subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, durante coletiva de imprensa na tarde desta segunda-feira (26).

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Diante do problema, o governo capixaba solicitou ao Ministério da Saúde o envio de doses extras da Coronavac, que possam estar disponíveis no Instituto Butantan. A ideia é normalizar o quanto antes a aplicação da segunda dose.

Durante uma audiência pública no Senado Federal, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, comentou sobre as dificuldades na vacinação da segunda dose com a Coronavac. "Há uma dificuldade com essa segunda dose. E como nesta semana não temos previsão de chegada de vacina do Butantan, só daqui a cerca de dez dias, nós vamos emitir uma nota técnica acerca desse tema. Inclusive, na minha cidade, João Pessoa, se judicializou e se foi entregue essas doses de Coronavac por judicialização. Só que se todos judicializarem, não tem dose para todo mundo. Não é a judicialização que vai resolver esse problema. O que se resolve isso são políticas públicas efetivas", afirmou.

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Até esta segunda-feira, o Espírito Santo havia aplicado a primeira dose da vacina contra o novo coronavírus em 16,12% da população. No entanto, a segunda dose foi aplicada em apenas 5,3%, o que faz muita gente questionar a estratégia de vacinação adotada no Espírito Santo. Entretanto, para Reblin, nada está errado. "O Espírito Santo se destaca pela capacidade de vacinar. Infelizmente, o Ministério é que não conseguiu suprir a nossa necessidade para fazer a segunda dose dentro do tempo", frisou.

Já o secretário estadual de Saúde, Nésio Fernandes, que também participou da coletiva desta tarde, esclareceu que há um critério para a distribuição das vacinas Coronavac e AstraZeneca por município.

"As doses da AstraZeneca seriam destinadas preferencialmente a municípios com mais de 100 mil habitantes, e as doses da Coronavac para os com menos de 100 mil habitantes. No entanto, esse critério não pôde ser aplicado na totalidade, porque, em alguns momentos, as quantidades de vacinas enviadas de cada laboratório eram muito distintas", explicou.

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O secretário também ressaltou que o atraso de alguns dias na aplicação da segunda dose não deve prejudicar a eficácia da vacina. "A resposta imune foi melhor com a ampliação do prazo. E nós não acreditamos que a fragilidade do processo da resposta imune seja tão grande que o atraso de uma ou duas semanas na aplicação da segunda dose prejudique a vacinação da população. Inclusive, nas outras vacinas que o Ministério da Saúde administra, o prazo de 14 dias de atraso na aplicação das doses não é considerado atraso. É possível que, ao longo das próximas semanas, a ampliação do prazo da vacina possa ser oficializada por parte da Anvisa, por solicitação do próprio Butantan".

O que dizem as prefeituras

A produção da TV Vitória/Record TV questionou as prefeituras da Grande Vitória sobre a disponibilidade da Coronavac para aplicação da segunda dose. 

A Prefeitura de Vitória se limitou a dizer que o quantitativo de doses enviadas ao município pelo Estado, bem como o grupo que deverá ser imunizado, são definidos pela Secretaria Estadual de Saúde, com base no Plano Nacional de Imunização. A Secretaria de Saúde do município informou também que vai abrir novas vagas no agendamento online para vacinação contra a covid-19 assim que receber novas doses.

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A Prefeitura de Vila Velha disse que está entrando em contato telefônico, ao longo desta semana, com as pessoas que estão no prazo para agilizar a aplicação da segunda dose da Coronavac.

Cariacica informou que 2.100 pessoas estão agendadas para receberem a segunda dose ao longo desta semana.

Já a Prefeitura da Serra informou que não há qualquer problema no agendamento da segunda dose da Coronavac na cidade. Segundo a Secretaria de Saúde do município, na última sexta-feira foi aberto o agendamento para esse público e ainda havia vagas até a manhã desta segunda. No site, ainda é possível agendar para mais de 700 vagas de primeira dose para pessoas com 60 anos ou mais, para se vacinar até a próxima quarta-feira (28). Também na quarta, um novo agendamento será aberto para, inclusive, segunda dose de Coronavac para quem tem 65 anos ou mais.

Por fim, Guarapari disse que a aplicação da segunda dose da vacina vai acontecer na semana que vem.

A produção da TV Vitória também perguntou ao Ministério da Saúde sobre o pedido feito pelo governo do Espírito Santo. No entanto, até a noite desta segunda-feira, não havia retorno por parte do ministério.

Com informações do repórter Álvaro Zanotti, da TV Vitória/Record TV 

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