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Ordem de vacinação do grupo com comorbidades pode mudar no Espírito Santo

O secretário estadual de saúde, Nésio Fernandes, afirmou que estuda a possibilidade de formar uma "linha de frente", priorizando algumas das comorbidades contempladas

Bianca Santana Vailant

Redação Folha Vitória
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Foto: reprodução/pixabay
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A ordem de vacinação do próximo grupo prioritário no Espírito Santo pode priorizar comorbidades específicas na imunização em vez de ser realizada por idade. A mudança foi anunciada pelo secretário estadual de Saúde, Nésio Fernandes, durante uma entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira, dia 23.

Segundo o secretário, o Estado estuda formas de organizar a vacinação considerando não apenas as idades dos pacientes, mas criando linhas de prioridade entre as comorbidades contempladas no plano de vacinação.

"Pessoas com doenças raras, com deficiência, pessoas com Síndrome de Down e obesidade mórbida devem estar na primeira linha de vacinação após concluirmos a vacinação dos idosos acima de 60 anos", detalhou.

Nésio falou ainda sobre a importância de imunizar os trabalhadores. "Além disso, temos avançado no debate, em um consenso, de que avançar na vacinação do grupo de 50 a 59 anos é oportuno para o Brasil. Também precisamos vacinar os proletariados, os trabalhadores", concluiu. 

O que pode mudar na vacinação

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Em uma entrevista para o jornal online Folha Vitória, no dia 13 de abril, a Coordenadora de Imunizações da Sesa, Danielle Grillo, disse que a  vacinação do grupo de pessoas entre 50 e 59 anos com comorbidades, começaria assim que os idosos acabassem de receber a primeira dose contra a covid-19. A previsão era para o início do mês de maio.

Na ocasião, Danielle explicou que nem todas as comorbidades são consideradas para a vacinação, e que seria preciso atender aos critérios determinados no Plano Nacional de Vacinação definido pelo Ministério da Saúde. “Tem um público específico. Pessoas com diabetes, cardiopatia, pneumopatia crônica e cirrose, por exemplo”, explicou.

Desta forma, bastaria ter idade entre 50 e 59 anos e comprovar qualquer uma das comorbidades determinadas pelo Ministério da Saúde para se vacinar. Agora, o secretário de saúde informou que estão sendo feitos estudos e debates para que haja uma determinação de critérios de prioridades entre as comorbidades.

O que o Ministério da Saúde propõe?

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Segundo o Ministério da Saúde, estima-se que haja 17,7 milhões de pessoas integrando o grupo de pacientes com comorbidades no País. No Espírito Santo, serão contempladas mais de 393 mil pessoas.

O grupo é formado por pacientes com diabetes, doenças cardiovasculares e cerebrovasculares, anemia falciforme, obesidade mórbida e cirrose hepática, por exemplo. Para a vacinação, segundo o Ministério da Saúde, não seria necessário ter um atestado médico, apenas apresentar um documento que comprove sua inclusão no grupo prioritário. Exames, prescrições, receitas médicas e relatórios poderão ser aceitos.

"No caso dos pacientes acompanhados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), estarão pré-cadastrados no sistema do Programa Nacional de Imunização (PNI)", diz o ministério.

No entanto, a pasta informa que Estados e municípios têm autonomia para definir estratégias locais na campanha de vacinação, mas recomenda que o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a covid-19 seja seguido e, no caso das comorbidades, que o público-alvo seja convocado dos mais velhos para os mais jovens.

Leia mais: Saiba quais comorbidades são prioridade na vacinação e como comprová-las

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A pós-doutora em epidemiologia, Ethel Maciel, defende que vacinar a população com comorbidades fazendo um recorte por idades é a melhor estratégia, já que é difícil saber como o vírus vai se comportar em cada organismo. “Não temos muitas doses de vacinas disponíveis, então acredito que para o serviço operacionalizar melhor, é necessário que seja dessa forma”, opinou.

Ainda segundo a especialista, a principal dificuldade será garantir a disponibilidade das doses para todos que precisam. “O maior problema vai ser a organização das doses, que chegam à conta gotas. Como as doses ainda são muito limitadas, é preciso ter um controle maior”, disse.

Leia Também: Entenda por que nem todos com comorbidades no ES poderão se vacinar contra a covid-19


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