Episódio 2: empregabilidade e as três regras do mercado
"As regras que compõem os salários são tão antigas quanto a humanidade, ou seja, desde o início dos tempos que as pessoas recebem por sua raridade"
REGRA 1 - EMPREGABILIDADE:
Recebo questionamentos sobre como aumentar a empregabilidade dos profissionais e respondo sempre da mesma forma: “Por que um empresário contrataria você?”. E chegamos sempre à mesma resposta: “Para resolver problemas (ou propor soluções).” Então, nada mais simples para aumentar a empregabilidade do que aumentar nossa capacidade de resolver problemas. Afirmo sempre que as pessoas pagam para que resolvamos problemas relativos às suas necessidades, medos, limitações e prazer (nessa ordem).
Assim proponho um mantra: “O problema é meu amigo”, pois só através dele conseguimos evoluir nossa capacidade de resolução, melhoramos nossa empregabilidade e entendemos nossa função empresarial.
Confira o áudio do professor Flávio Cavalcante:
REGRA 2 – SALÁRIO: não tem nada haver com empregabilidade, pois muitos de nós tem empregos e acham que ganham mal. Sou indagado sistematicamente sobre a relação entre empregabilidade e salário, e respondo da seguinte maneira: ”É como um cachorro quente com molho, dá para ter empregabilidade sem um bom salário, mas não dá para termos um bom salário sem emprego”.
As regras que compõem os salários são tão antigas quanto a humanidade, ou seja, desde o início dos tempos que as pessoas recebem por sua raridade e não por sua importância. Assim, quando nos indagam como ter um salário imponente, respondemos: “Seja um profissional raro, mas alie isso a empregabilidade, ou seja, resolva muitos problemas, problemas importantes e problemas que ninguém mais resolve”. Desta forma, resolvemos o problema da segunda regra de ouro do mercado: ”Você vale (salário) por sua raridade”.
REGRA 3 – PODER: muitas pessoas confundem poder com status. Mas não se esqueça que são coisas completamente diferentes, pois o poder sempre traz status, mas nem sempre o status traz poder. Assim, existem muitas pessoas que tomam decisões profissionais pensam emsStatus e não se preocupam com o poder.
O poder emana da capacidade que temos de influenciar pessoas a pensarem como gostaríamos que elas pensassem, de agirem como esperamos, de aceitarem nossas opiniões. Assim um profissional que é capaz de influenciar pessoas se torna mais interessante e poderoso no mercado.
E você, qual é a capacidade de influenciar pessoas que você tem? Sua opinião é sempre solicitada? Você é sempre o último a falar? As pessoas te citam para referendar suas próprias frases? Quando você as pessoas ficam em silencio? As missões complexas são dadas a você? As decisões estratégicas são tomadas sempre com sua presença? Esses são sinais de poder.
Percebo muitos jovens escolhendo profissões pelo status delas, exemplo Medicina e não por vocação ou por rentabilidade. Isso é um erro, bem como profissionais que assumem cargos de gerência e mantem o salário de colaborador. Status não enche barriga e não paga as contas... você não é, mas está.
Opte pelo poder de influenciar silenciosamente o ambiente, quase que de forma subliminar, assim você terá sempre apoio das pessoas que lhe cercam.
Confira a análise do professor Flávio Cavalcante sobre o tema:
*Flávio Cavalcante é professor, palestrante e autor de obras sobre carreira, mercado de trabalho e planejamento estratégico pessoal.