(*)Por Flávio Cavalcante
Como está sendo cuidado seu currículo? Ele está atualizado ou você só altera ele só quando precisa enviar? Qual é a melhor época para procurar um novo emprego? Quando está empregado ou quando está desempregado?

Passa pelo seu pensamento: por que meu currículo não é selecionado? O meu currículo é bom? É possível tornar mais atrativo um currículo para os contratantes? Como fazer isso? O processo de Seleção é visto como caro para os empregadores? Eu, tendo um modelo ideal de currículo, aumentaria minhas chances? Qual modelo é esse? Existe discrepância entre os currículos que o diretor acha bom, que os profissionais de gestão com pessoas acham bom, e que os colaboradores acham bom? Existe uma área que estuda a forma e o conteúdo ideal para se estar em um currículo? Este artigo busca responder a estas perguntas de forma científica e abrir outros questionamentos criando a área da Trajetologia Científica.

Confira o áudio do professor Flávio Cavalcante:

Um dos problemas mais presentes no imaginário dos profissionais que procuram colocações e recolocações no mercado de trabalho é: como tornar meu currículo mais atrativo para os contratantes? Desta forma, conhecer melhor as expectativas dos selecionadores e empregadores amplia as chances de sucesso. A experiência nos mostra que neste momento qualquer aumento de chances, mesmo que seja mínimo, seria uma ajuda importante para quem já está em uma situação de fragilidade.

De um outro prisma, as empresas buscam ampliar a segurança de seus processos de aquisição de talentos para mitigar riscos, custos e erros. Todavia, a primeira ferramenta de contato entre empresa e pretendente a colaborador muitas vezes deixa a desejar ou é subestimado no processo de seleção, perdendo a sua função de ser uma carta de apresentação para se tornar um instrumento repleto de esperanças e vazio de chances.

No decorrer de meus parcos 15 anos de docência e 20 anos de mercado não me foi possível chegar às conclusões sobre os conteúdos e nem sobre as formas mais valorizadas no que se tange aos currículos que recebemos. Não havendo muitos estudos sistematizados, baseados em dados e com evidências científicas sobre o assunto.

Desta forma, observamos que um dos problemas a serem primeiramente resolvidos é a falta de uniformização visual e de estrutura dos currículos que são enviados e recebidos nas empresas. A preocupação desta pesquisa não é propor uma eugenia dos currículos, muito menos supor que a forma é mais importante que o conteúdo visa apenas, e tão somente, propor uma estrutura de informações que amplie suas chances de ter seu currículo apreciado pelas empresas que foram alvo dele.

Outro elemento que demanda nossa atenção é a falta de uma visão científica no que tange o estudo dos currículos e sua construção. É importante salientar que um currículo é mais do que uma mensagem de busca por emprego, é um resumo de toda experiência profissional, pessoal, acadêmica, sonhos, valores, objetivos e missão de vida, sendo um importante artifício, pois sintetiza a obra-prima de sua vida. Se torna necessário, pelo prisma desta pesquisa, criarmos a cultura e a ciência para melhor relatarmos nossas informações, publicitando assim nossas realizações sendo objetivo desta pesquisa, e logo deste artigo, propor a criação da área de Trajetologia Científica (termo cunhado pelo autor do texto para definir a nova área de estudo sobre currículos).

O termo Curriculum Vitae deve ser traduzido do Latim como trajetória de vida, desta forma o com a união de 2 termos Trajetória = Currículum e Logia = Estudo, temos que Trajetologia é o estudo de currículo. Então, vamos colocar a ciência a seu favor para que você vença? Fique atento. Várias dicas serão postadas.

Confira a análise do professor Flávio Cavalcante sobre o tema: 

*Flávio Cavalcante é professor, palestrante e autor de obras sobre carreira, mercado de trabalho e planejamento estratégico pessoal.