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Estudo comprova que semana inicia com salada e termina com pizza

Pesquisa mostra que alimentação leve e cara é substituída por pesada e barata ao longo da semana; faixa de 40 anos é mais saudável que mais jovens

Redação Folha Vitória
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De segunda a sexta, o consumo de pizza aumenta 44% | Foto: Pexels

Começar a semana com salada e terminar com hambúrguer ou pizza é muito mais comum do que se imagina.

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Um levantamento feito pela Onyo, uma empresa que criou um aplicativo para facilitar os pedidos em cinco praças de alimentação de São Paulo, provou que a segunda-feira é mesmo o dia oficial do início da dieta.

Foram analisados os hábitos de 3.744 pessoas durante 95 dias. O resultado mostra que os consumidores que costumam almoçar em shoppings migram das opções mais leves e caras para as mais pesadas e baratas no decorrer da semana.

De segunda até sexta, o consumo de pizza aumenta 44%, por exemplo. Já os lanches como hambúrgueres e sanduíches têm uma variação que vai de 35% da procura na segunda-feira para 50% na sexta-feira.

Os hábitos alimentares são diferentes entre homens e mulheres, embora os dois sigam essa tendência de trocar a salada pelo hambúrguer.

“Os homens são os que mais pedem pizza, o dobro de vezes em comparação com as mulheres. Já elas consomem frutos do mar e tapioca três vezes mais do que eles, optam por restaurantes de comida árabe 35% a mais e massas, 18%”, aponta Alexandre Dinkelmann, sócio-fundador da Onyo.

Pessoas mais jovens cuidam menos da alimentação

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O levantamento também mostrou que pessoas entre 35 e 40 anos são mais preocupadas com a saúde do que pessoas mais jovens. Esta faixa etária tende a escolher opções saudáveis, como frutos do mar (140% acima da média) e grelhados (30%).

No intervalo de 20 a 25 anos, sanduíches (20% acima da média), e pizza (15%) são os campeões. Porém, mais do que preferência, essa tendência pode ser associada ao poder de compra, já que o tíquete deste segundo grupo tende a ser 25% menor.

O valor que os paulistanos estão dispostos a pagar cai bastante ao longo do mês. Do dia primeiro ao último, a diminuição do gasto médio é de 13% - nos casos em que o vale-refeição é utilizado, o número chega a 25%. "Ao receber o crédito mensal, as pessoas têm a sensação de abundância e se permitem gastar mais", explica Dinkelmann.

Hambúrguer é o prêmio pela “semana difícil”

A nutricionista Daniele Lopes Golanda, que analisou o resultado da pesquisa, explica que essa troca da comida saudável pelo lanche acaba sendo uma compensação. Conforme a semana fica mais difícil no trabalho ou na correria do dia a dia, a pessoa tende a acreditar que, por enfrentar os desafios, merece algo mais gostoso, menos saudável.

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“O que falta para as pessoas é entender que a vida não para para nos alimentarmos bem. Então, precisamos criar uma rotina saudável e nos planejar para isso. Lógico que podemos comer o que gostamos, devemos. Mas precisamos fazer isso com equilíbrio e consciência”, analisa a nutricionista.

A pesquisa revela, ainda, outra tendência. Quem promete encarar a dieta para perder peso começa a semana com a consciência pesada por causa dos excessos do fim de semana. Para a nutricionista, esta é uma boa opção, mas quem pretende ser saudável, não para quem quer emagrecer.

“Dependendo do objetivo da pessoa essa estratégia não é ideal. Por exemplo: a pessoa segue a dieta a semana toda, e no final de semana, come tudo errado. Tudo que ela se esforçou para perder vai acabar recuperando e com isso não vai sair do lugar. Para pessoas que têm como objetivo manter a composição corporal e a saúde está em dia, ter uma 'folguinha' no final de semana não tem problema nenhum. Já quem quer emagrecer precisa se controlar mais”, destaca.

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Daniele também explica que é possível comer “de tudo”, desde que com equilíbrio. É preciso adequar quantidade e qualidade.

“É importante também mantermos o prazer da alimentação, a vida social. Brinco no consultório que a vida não para para fazermos dieta. Por isso é legal ter em mente que na maior parte do tempo vamos nos alimentar com saúde, pensando na qualidade dos alimentos, respeitando as quantidades e individualidade de cada um, comendo por saúde. Mas que também podemos ter o prazer de comer alguma coisa que gostamos e está tudo bem. Faz parte de uma vida saudável, não tem problema nenhum”, conclui.

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