Cantor, secretário de Cultura e o rosto do "rockongo": quem foi Alex Lima

Alexandre Lima, um dos artistas emblemáticos da história do rock e reggae capixaba, morreu na madrugada desta quinta-feira (28), após 10 anos em coma.

Precursor do "rockongo", foi fundador e vocalista da banda Manimal, junto com seu irmão, Amaro Lima. Além disso, Alex era secretário de Cultura de Vitória quando foi hospitalizado, em 2013.

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Sucessos como "Foi na Puxada de Rede", "Água de Benzer" e "Valeu a Pena" eram cantados pelas multidões dos shows de Manimal, dentro e fora do Brasil, entre a década de 90 e os anos 2000.

Figura já conhecida pela cena, seja nas casas da Barra do Jucu, em festas universitárias e em tour na Europa, Alex trazia originalidade do som e gerava identificação com centenas de capixabas na fusão de rock com o congo.

Em 2013, já em uma nova fase da vida após um longo período nos palcos, exercia a função de secretário de Cultura da cidade de Vitória quando, durante uma reunião na prefeitura, passou mal, com sintomas de dor no peito e mal estar. 

Alguns dias depois, ainda sem sentir bem, Alex procurou um médico da família que identificou o sinal de um aneurisma da aorta e o encaminhou ao Hospital Evangélico, em Vila Velha.

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Confirmada as suspeitas, o secretário passou por uma cirurgia delicada, em dezembro de 2013, e foi internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde ficou até o dia 30 do mesmo mês.

Depois, ele foi para o quarto e permaneceu internado até abril de 2014, quando teve alta ainda em coma e passou a ser tratado em casa, com os recursos da família e do dinheiro levantado em ações promocionais. 

Na época, vários artistas locais e nacionais se juntaram para unir recursos para o tratamento de Alex. O movimento "Viva Alex Lima" reuniu artistas como Gabriel o Pensador, Cidade Negra e Casaca.

Pelas redes sociais, o vocalista da banda, Amaro Lima, fez uma publicação homenageando o irmão.

"Meu irmão, Deus te chamou mas o barco do amor que você fez continua a navegar. Um dia, a gente se encontra novamente pra trocar aquela de sempre. Obrigado por tudo. Vá em paz. Te amo", escreveu.

O velório será aberto ao público, das 10h às 17h, na Casa da Música Sônia Cabral, no Centro de Vitória. Depois, haverá uma cerimônia restrita aos familiares no cemitério Parque da Paz, onde será realizado o sepultamento. 

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