VÍDEO | Empresário presenteia crianças com videogame na Serra após pai cair em golpe e perder R$ 1,2 mil

Uma história que tinha tudo para terminar com um final triste ganhou um capítulo final com desfecho feliz nesta quarta-feira (30). Conforme noticiou o Folha Vitória no último dia 24 de março, o entregador Hudson Izidoro foi alvo de um falso policial federal e perdeu R$ 1.200 ao tentar comprar um videogame pela internet para os filhos, que fazem aniversário em março e abril. Sensibilizado com a história, o empresário Felipe Fioroti presenteou as crianças, de 5 e 6 anos, na manhã desta quarta.

A TV Vitória/Record TV registrou o encontro emocionante do pai e das crianças com o empresário. O entregador de lanches passou meses juntando o dinheiro para dar o videogame de presente para os filhos, e o sonho acabou virando pesadelo quando ele viu o aparelho na internet por um valor mais em conta e realizou a compra pela web. O problema é que ele nunca recebeu o produto, e o golpista desapareceu.

E foi em Central Carapina, na Serra, que o sonho dos meninos foi realizado. "Vi a reportagem e percebi que o pai deve ter juntado dinheiro por um bom tempo, imaginei que as crianças deveriam estar com expectativa enorme. Me sensibilizei, já ia trocar de videogame. Eu já tinha há alguns anos, gosto muito e vai ficar em boas mãos agora", contou. 

Veja o vídeo:

À reportagem, o pai dos meninos relembrou que também teve a moto, que usava para trabalhar, roubada nos últimos dias. "Subi para buscar um lanche e, quando desci, minha moto não estava mais lá. Sustento a casa, pago pensão de outra filha que tenho... A situação está difícil. Agora recebemos esse presente. Estou emocionado, não tenho palavras", concluiu o pai.

Relembre o caso

O entregador Hudson Izidoro perdeu R$ 1.200 após ser vítima de um golpe na internet. O rapaz comprou um videogame de um homem que se passou por policial federal no Espírito Santo. O golpista forjou a venda dentro de uma agência dos Correios. A vítima nunca recebeu o produto.

Hudson Izidorio contou que iria presentear os filhos com o videogame no aniversário deles. Ele se planejou, juntou dinheiro para comprar o aparelho e, quando viu o anúncio por um bom preço na internet, resolveu negociar.

Com medo dos golpes que existem na internet, o rapaz se precaveu e pediu várias provas de que a encomenda era verdadeira. Durante as negociações da compra, ele recebeu um vídeo. Nas imagens, o aparelho e sete jogos aparecem sendo embalados por uma mulher que se passa por uma funcionária dos Correios. 

Segundo a vítima, o suspeito se identificou como Fernando e disse ser policial federal. Ele chegou a mostrar em um dos vídeos uma carteira de identificação da PF.

Depois de ver o comprovante de envio do produto Hudson se sentiu mais tranquilo. A parte superior do papel indica que a mercadoria foi enviada em uma agência dos Correios de Afonso Cláudio. Na descrição do produto, há até o peso do videogame e dos jogos.

Além disso, segundo a vítima, o suspeito passou o telefone para a suposta funcionária da agência, que confirmou que era tudo verdade.

"Eu pedi para falar com a menina da agência. Não sei se falei com ela ou outra pessoa. Eu pedi para ela falar o endereço da agência, ela se atrapalhou. Eu questionei, ele pegou o telefone e disse que era policial federal e que, por isso, a mulher teria ficado nervosa", contou. 

Caso é investigado pela Polícia Civil

A Polícia Civil informa que o caso seguirá sob investigação do 13º Distrito Policial e, para que a apuração seja preservada, nenhuma outra informação será repassada. A PCES destaca que a população pode auxiliar na investigação por meio do telefone 181. O Disque-Denúncia é uma ferramenta segura, onde não é necessário se identificar para denunciar. Todas as informações recebidas são investigadas. As informações ao Disque-Denúncia ainda podem ser enviadas por meio do site, onde é possível anexar imagens e vídeos de ações criminosas.

O que dizem os Correios

Os comprovantes apresentados pela reportagem não foram emitidos pelos Correios. Em uma análise preliminar, constata-se que se tratam de falsificações, uma vez que os documentos não apresentam informações básicas e cruciais, tais como o código de rastreio de objeto e elementos de identificação da marca da empresa. Nesses casos, os Correios orientam os clientes a prestarem informações às autoridades policiais.