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Lançado 1º instituto de apoio à ciência privado

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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Rio de Janeiro - Em meio à crise brasileira, que reduziu os recursos para a ciência, foi anunciado ontem o início dos trabalhos do Instituto Serrapilheira. A instituição será financiada pelo documentarista João Moreira Salles, da família fundadora do Unibanco, e sua mulher, Branca Moreira Salles. O objetivo será apoiar pesquisadores brasileiros nas ciências naturais e exatas.

Moreira Salles e Branca doaram R$ 350 milhões a um fundo patrimonial. Seus rendimentos financiarão trabalhos de doutores em áreas como Medicina, Biologia, Matemática, Química e Física. A meta é buscar os melhores de cada área e ajudá-los a chegar a descobertas de destaque mundial. Trata-se da primeira instituição privada brasileira voltada a apoiar esses campos do conhecimento. A divulgação dos estudos será outro foco.

Até o fim do ano, devem ser anunciados os primeiros contemplados. Os recursos começarão a ser depositados em 2018. Serão selecionadas cerca de 140 pessoas, que receberão por volta de R$ 100 mil cada uma. Depois, os mais promissores poderão ganhar bolsas com valor individual de até R$ 1 milhão em três anos. Por ano, serão R$ 15 milhões.

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As verbas poderão ser usadas livremente pelos pesquisadores. O destino poderá ser, por exemplo, compra de equipamentos, pagamento de salários de uma equipe ou viagens a congressos. O instituto busca tornar mais relevante a produção científica no País.

"O impacto da ciência brasileira ainda é pífio, com raríssimas exceções. Não temos nenhum Prêmio Nobel, nenhum Abel (de Matemática), só uma medalha Fields ( de Matemática, concedida a Artur Ávila). Há muitos jovens pesquisadores bons e sem nenhum tostão", disse o engenheiro Edgar Zanotto, professor titular da Universidade Federal de São Carlos, que está à frente do Conselho Consultivo da instituição.

Este conselho, de 12 notáveis, como o matemático francês Étienne Ghys e a geneticista Mayana Zatz, fará as escolhas de cientistas e projetos. A seleção levará em conta gênero, raça e local de origem. O objetivo é que os selecionados não sejam apenas homens brancos e do Sudeste e Sul . O diretor-presidente, o geneticista francês Hugo Aguilaniu, destacou que não haverá cobrança de resultado rápido nem de publicações em revistas científicas. Será respeitado "o tempo da ciência".

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Moreira Salles espera inspirar outros. "Queremos ser grandes, criar cultura de ciência no Brasil, como é nos EUA, na China. Lá, é ‘cool’ ser cientista; aqui, é esquisito, coisa de nerd." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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