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Café produzido no Caparaó recebe selo de Indicação Geográfica

Além de comprovar que o café foi produzido nestas regiões, o selo também analisa qualidade, modo de produção familiar, produção em sintonia com o meio ambiente, entre outros pontos

Redação Folha Vitória
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Foto: Divulgação
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O café é uma das maiores marcas do território capixaba e não é atoa que recebe uma série de premiações pelo Brasil por todo o Brasil. Uma dessas conquistas recentes foi recebida pelo café arábica que é produzido na região do Caparaó. O produto recebeu o selo Indicação Geográfica (IG) na categoria de Denominação de Origem (DO).

O registro inédito, que é concedida pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), gratificou o café em grãos verdes, industrializados no estado torrado e/ou moído que foi produzido nas cidades de Dores do Rio Preto, Divino de São Lourenço, Guaçuí, Alegre, Muniz Freire, Ibitirama, Iúna, Irupi, Ibatiba e São José do Calçado.

Vale ressaltar que a Região do Caparaó inclui alguns municípios mineiros como Espera Feliz, Caparaó, Alto Caparaó, Manhumirim, Alto Jequitibá e Martins Soares, que também receberam o selo IG de Denominação de Origem para o café produzido no local.

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Além de comprovar que o café foi realmente produzido nestas regiões, o selo também analisa quesitos como qualidade do café, modo de produção familiar, produção em sintonia com o meio ambiente, entre outras definições que concedem a Indicação Geográfica

A publicação da Indicação Geográfica foi feita na Propriedade Industrial (RPI) do INPI, na última terça-feira (02). O pedido para o registro foi feito no mês de março de 2019 pela Associação de Produtores de Cafés Especiais do Caparaó (APEC) e foi elaborado por um comitê com integrantes do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) e demais instituições.

Segundo o INPI, o selo IG diz respeito a produtos e serviços provenientes de origem geográfica específica. Reputação, qualidades e características da região são alguns pontos que são reconhecidos no registro.

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Sobre o Caparaó, o selo promove um divulgação de que a Região do Caparaó tornou-se especializada no assunto e possui capacidade de produzir o arábica de maneira diferenciada. A Denominação de Origem é uma das definições da IG e trata-se do nome geográfico da região em questão, a qual designa o produto, em que qualidades ou características se devam essencialmente ao meio, incluídos fatores naturais e humanos.

O incaper atua em prol da melhoria do café arábica há mais de 15 anos na região do Caparaó e de acordo com o extensionista do Escritório Local de Desenvolvimento Rural (ELDR) do Incaper de Guaçuí, Maxwell Assis, o reconhecimento da IG é uma conquista do trabalho construído por diversas mãos.

“Os cafés especiais produzidos no Caparaó têm qualidade diferenciada. São produzidos pela agricultura familiar, com respeito ao meio ambiente e diversos requisitos técnicos e selo abraça todas essas questões. Essa conquista é muito relevante e tem um caráter de diferenciação. Ressalto a importância de uma ação coletiva que nasceu na base dos cafeicultores", disse.

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O diretor-presidente do Incaper, Antônio Machado, destaca que a conquista do selo reflete a eficiência do trabalho do Instituto em prol da evolução do café capixaba.

“A conquista da IG para os cafés arábica produzidos na Região do Caparaó é um marco para o Espírito Santo e para a cafeicultura capixaba. É mais um reconhecimento da qualidade dos nossos cafés e do trabalho árduo dos cafeicultores para a produção de cafés especiais. Esse registro é ainda uma confirmação do trabalho exemplar do Incaper desempenhado há anos para o melhoramento do café no sul do Estado”, disse.

O secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca, Paulo Foletto contou que este é um importante momento para o estado. “O café do Caparaó mostra sua força e se diferencia de outras regiões do Brasil e do mundo. Prova disso é o reconhecimento através das premiações ao longo dos anos. É também a valorização do produtor rural que trabalha para melhorar cada vez mais a qualidade dos grãos”, pontuou.

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Para o secretário de Estado de Turismo, Dorval Uliana, o destaque da premiação é um reconhecimento para os produtores capixabas no Brasil e no mundo.

“Um Estado com várias indicações geográficas é um Estado único. O IG para o café produzido no nosso Caparaó representa reconhecimento de características singulares contribuindo para a promoção e posicionamento do Espírito Santo no cenário nacional e internacional”, afirmou o secretário.

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