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Casos suspeitos de dengue triplicam em São Paulo em janeiro

No ano passado, no mesmo período, eram 674. O número de casos também é maior nos Estados do Sul, quando comparado com o ano anterior

Redação Folha Vitória
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A dengue volta a chamar a atenção em São Paulo. O número de casos prováveis da doença notificados nas primeiras semanas deste ano é mais do que o triplo do que foi registrado no mesmo período de 2017. Boletim divulgado pelo Ministério da Saúde mostra que o Estado contabilizou, até a terceira semana de janeiro, 2.300 pacientes com suspeita da infecção. No ano passado, no mesmo período, eram 674. O número de casos também é maior nos Estados do Sul, quando comparado com o ano anterior.

No Paraná, foram identificados 775 casos prováveis, ante 256 registrados no mesmo período de 2017. O mesmo fenômeno foi identificado em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, mas com números bem menos expressivos. Neste ano, 49 pacientes em Santa Catarina tiveram suspeita da doença e 58 no Rio Grande do Sul. Em 2017, eram 28 e 39, respectivamente.

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Os números totais de dengue apresentados no País este ano são menores do que no ano passado. Até o momento, foram 9.399. No mesmo período de 2017, eram 16.860. Não há mortes confirmadas por dengue até o momento. Ano passado, nesse período, eram 13.

Apesar da redução nacional, os números são vistos com cautela por infectologistas. O maior receio é o do aumento da circulação do tipo 2 da dengue, considerado como o subtipo de vírus com maior potencial de levar a forma grave da doença. A última epidemia provocada pelo Dengue 2 foi em 2008. Depois disso, ele saiu de cena. No ano passado, os primeiros sinais de que ele estava retomando forças foram notados.

Em dezembro, o Ministério da Saúde já admitia a tendência de reforço na circulação do Dengue 2. "A volta da circulação do Dengue 2 traz o risco de uma nova epidemia", avisa o infectologista da Fundação Oswaldo Cruz, André Siqueira. Ele observa que, quando o vírus reduz a circulação por um longo período de tempo, aos poucos vai se formando uma nova legião de pessoas suscetíveis.

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Além da circulação do vírus que havia tempos não provocava epidemias no País, Siqueira alerta para outros fatores que acabam favorecendo a propagação do vírus. O verão deste ano tem apresentado um bom índice de chuvas o que, aliado ao calor, propicia condições ideais para o aumento de criadouros do mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti.

Chikungunya e zika

De acordo com o boletim, chikungunya e zika, doenças transmitidas pelo mesmo vetor da dengue, o Aedes aegypti, também tiveram uma queda significativa neste ano em relação a 2017. Até o momento, o País registrou 1.505 casos prováveis de chikungunya (ante 5.1235 identificados no mesmo período do ano passado) e 131 casos de zika, bem menos do que os 1.640 casos suspeitos informados em 2017. Neste ano, há um caso confirmado de morte por chikungunya e outros dois em investigação.

Apesar da queda geral, o Estado de São Paulo também apresentou uma elevação de casos de chikungunya, quando comparado com o mesmo período do ano passado. Até a terceira semana de janeiro, foram 105 pacientes com suspeita de chikungunya. Em 2017, no mesmo período, eram 76.

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