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Mulheres de policiais continuam fechando batalhões no Espírito Santo

O Governo do Espírito Santo anunciou acordo com a categoria, mas representantes do movimento dizem que não vão ceder pois não participaram da negociação

Redação Folha Vitória
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Protesto de mulheres e familiares de policiais militares continuam bloqueando batalhões Foto: TV Vitória
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Apesar do acordo entre Governo do Estado e associações de militares do Espírito Santo na noite desta sexta-feira (10), mulheres e familiares de policiais que estão acampadas há oito dias em frente aos batalhões do Espírito Santo impedindo a saída de viaturas continuam seu protesto na manhã deste sábado (11). Elas dizem que não vão recuar do ato por melhores salários e permanecem em frente aos quartéis bloqueando a saída dos policiais. Nenhum militar voltou às ruas do Espírito Santo.

O questionamento feito por parte das mulheres e familiares de policiais militares após assinatura do acordo foi de que nenhuma das mulheres - parte ativa que bloqueia os batalhões - esteve presente no acerto.

Perto das 8h, alguns policiais se aproximaram do portão principal do Quartel do Comando-Geral da Polícia Militar (PM) do Espírito Santo e fizeram um apelo para que as mulheres desbloqueassem a saída para que pudessem voltar para o policiamento nas ruas. Os PMs disseram que precisavam estar às 8h em seus postos de trabalho porque, caso contrário, seriam punidos.

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Às 8h, dezenas de policiais que estavam na rampa de acesso ao batalhão e esperavam para sair retornaram ao prédio do Comando-Geral. Aos gritos de “guerreiros”, eles foram muito aplaudidos pelas manifestantes. As viaturas do Batalhão de Missões Especiais (BME), elite da PM do estado, também permanecem dentro do quartel.

Na sexta-feira, o comandante geral da PM, coronel Nylton Rodrigues, informou que ao menos 703 policiais foram identificados e serão indiciados pelo crime de revolta — evolução do crime de motim — mas deixou claro que esse número deve ser maior. "Todos [os casos] serão analisados pela corregedoria e encaminhados ao Ministério Público Militar. Quem for condenado com certeza será excluído".

Rodrigues disse que "com certeza" o número de PMs indiciados "irá aumentar muito" ao longo do dia e ressaltou que a maioria dos envolvidos são policiais de início de carreira. A patente mais alta já identificada é de subtenente. O coronel defendeu os pedidos de melhoria das condições de trabalho da PM, mas declarou que essa forma de reinvindicação é uma "insanidade" e pede para que policiais voltem às ruas e dialoguem com o governo. "Não se negocia com arma na cabeça".

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Sobre a possibilidade de usar agentes das Forças Armadas e da Força Nacional para a desobstrução dos batalhões, Garcia informou que, nesse momento, o foco não será esse.

"A prioridade é dar segurança para a população. A nossa frente hoje é dar segurança para a população. Não vamos pegar parte do efetivo para tirar mulher da frente de quartel. A possibilidade não está descartada, mas agora eles tem que estar em outras áreas"

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